A expectativa de que neste domingo (31) venha a ser confirmada como a primeira presidente mulher da história do Brasil não fez com que a candidata do PT na corrida presidencial, Dilma Rousseff, alterasse seu já conhecido hábito de preservar ao máximo a vida particular. Nas quase 24 horas em que permaneceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, entre a tarde de sábado (30) e às 14h deste domingo, quando embarcou para Brasília, onde acompanha a apuração, Dilma mais uma vez deu prioridade às agendas particulares e fechadas. Ao invés de uma exposição maior, atitude comum a candidatos principalmente em dia de eleição, a petista inclusive se mostrou menos disposta a momentos de interação, fossem eles com eleitores em geral ou a imprensa em particular.
Dilma chegou à capital gaúcha pouco depois das 16h de sábado e seguiu direto para seu apartamento na avenida Copacabana, na zona Sul da cidade. Petistas gaúchos chegaram a informar que ela poderia passar a noite na casa da única filha, Paula, ou até mesmo no hotel Plaza São Rafael onde, neste domingo, aconteceu um café da manhã com lideranças políticas. Mas Dilma só saiu de seu apartamento, por volta das 20h30, para se dirigir à residência do ex-marido, o advogado Carlos Araújo, localizada na mesma avenida, a algumas quadras de distância. E, depois, dormiu em seu próprio apartamento.
Na manhã deste domingo, a candidata atrasou um pouco sua participação no café da manhã, prevista para ocorrer a partir das 8h. Foi neste horário que Dilma saiu de casa, sem conversar com a imprensa, em um comboio composto por seis carros com vidros equipados com películas de alta gradação. Antes, a movimentação se deu apenas por conta dos seguranças, que entravam e saíam do prédio carregando bagagens.
O trajeto para o Plaza foi rápido e demonstrou que, apesar do aparato, a segurança não parecia ter uma preocupação maior com a possibilidade de incidentes. Para chegar ao hotel, o caminho escolhido foi o do Túnel da Conceição, que está com duas das quatro pistas em obras, e isoladas por um tapume de chapas de metal. Como o túnel é rota de ônibus urbanos e metropolitanos e de uma parcela significativa da população que se desloca para o Centro, suas condições atuais facilitam o acesso de pedestres aos veículos e impossibilitam um deslocamento rápido em caso de acidente.
Na chegada ao Plaza, Dilma foi recepcionada pelo governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) e passou direto ao saguão, onde concedeu uma entrevista coletiva tumultuada, que mais se assemelhou a um pronunciamento. Diante da impaciência das dezenas de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos, do empurra-empurra e dos atritos entre os que procuravam se posicionar melhor, Dilma disparou: "Vou fazer uma declaração para todos e se todo mundo ficar calado é mais fácil".
A declaração ainda não estava concluída quando os jornalistas começaram a perguntar se Dilma pretende chamar a oposição para conversar. A candidata emendou no discurso que governaria com sua coligação e para todos os brasileiros. A exemplo do evento promovido no primeiro turno, o café da manhã com partidários e aliados foi realizado em um salão do Plaza, onde os jornalistas conseguiam visualizar a candidata a partir de uma área anexa, elevada, mas ao qual o acesso direto não era permitido. Em seu pronunciamento no café, Dilma falou rapidamente sobre as realizações dos governos do presidente Lula, lembrou sua própria trajetória e destacou a importância de mobilização da campanha até o encerramento do horário de votação.
Do hotel a candidata seguiu para a escola sstadual Santos Dumont, na zona Sul, onde ela e Tarso votaram. Na hora da votação, um mesário, fã de Dilma, protagonizou cenas inusitadas, causando certo constrangimento para a candidata. Sob o protesto dos fotógrafos, abraçou Dilma, ficou segurando a carteira de identidade da candidata, que tentava pegá-la, por tempo demais, e, na hora do tradicional V que é solicitado que os candidatos façam com os dedos médio e indicador, para simbolizar sua expectativa de vitória, de novo se aproximou de Dilma e fez junto com ela o gesto.
A saída também foi tumultuada. Além da imprensa, curiosos e fãs queriam chegar perto da petista. Depois de votar, Dilma voltou a se recolher, desta vez no apartamento da filha, Paula, na rua Cariri, que é bem próxima à escola onde vota. Paula reside no último andar de um prédio de quatro andares, em uma rua sem movimento. Com a rua tomada por carros da imprensa, os curiosos também começaram a se mobilizar. Jornalistas se posicionaram em uma área aberta do outro lado da via, para observar o apartamento, que tem algumas janelas de frente. Foi o suficiente para que todas as persianas fossem fechadas.
Pouco antes do meio-dia, nova movimentação. De novo com os vidros fechados, os carros do comboio se dirigiram para a residência de Araújo, uma casa ampla às margens do Rio Guaíba. O carro de Paula e de seu marido chegou em seguida, saiu e voltou. Dilma almoçou em companhia de Araújo, Paula, o genro e o neto. Quando saiu da casa, às 13h08min, alguns simpatizantes se concentravam na entrada da garagem, tiravam fotos. Depois de senhoras gritarem: "Dilma, Dilma, Dilma, abre para a gente, dá um aceno", a petista abriu rapidamente o vidro, acenou e voltou a fechá-lo. Ainda passou mais uma vez em seu apartamento, e, dele, foi para o antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho. No aeroporto, o carro que a conduzia estacionou bem perto da aeronave e a candidata ingressou nela imediatamente. A porta se fechou com a mesma rapidez.
Em Porto Alegre a expectativa é de que, em caso de vitória, Dilma retorne ao Estado na quarta-feira (3), para descansar e, em caso de derrota, que o retorno ocorra ainda na segunda-feira (1). Sua assessoria informou apenas que o retorno para o Sul nesta semana é "pouco provável".
Dilma chegou à capital gaúcha pouco depois das 16h de sábado e seguiu direto para seu apartamento na avenida Copacabana, na zona Sul da cidade. Petistas gaúchos chegaram a informar que ela poderia passar a noite na casa da única filha, Paula, ou até mesmo no hotel Plaza São Rafael onde, neste domingo, aconteceu um café da manhã com lideranças políticas. Mas Dilma só saiu de seu apartamento, por volta das 20h30, para se dirigir à residência do ex-marido, o advogado Carlos Araújo, localizada na mesma avenida, a algumas quadras de distância. E, depois, dormiu em seu próprio apartamento.
Na manhã deste domingo, a candidata atrasou um pouco sua participação no café da manhã, prevista para ocorrer a partir das 8h. Foi neste horário que Dilma saiu de casa, sem conversar com a imprensa, em um comboio composto por seis carros com vidros equipados com películas de alta gradação. Antes, a movimentação se deu apenas por conta dos seguranças, que entravam e saíam do prédio carregando bagagens.
O trajeto para o Plaza foi rápido e demonstrou que, apesar do aparato, a segurança não parecia ter uma preocupação maior com a possibilidade de incidentes. Para chegar ao hotel, o caminho escolhido foi o do Túnel da Conceição, que está com duas das quatro pistas em obras, e isoladas por um tapume de chapas de metal. Como o túnel é rota de ônibus urbanos e metropolitanos e de uma parcela significativa da população que se desloca para o Centro, suas condições atuais facilitam o acesso de pedestres aos veículos e impossibilitam um deslocamento rápido em caso de acidente.
Na chegada ao Plaza, Dilma foi recepcionada pelo governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) e passou direto ao saguão, onde concedeu uma entrevista coletiva tumultuada, que mais se assemelhou a um pronunciamento. Diante da impaciência das dezenas de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos, do empurra-empurra e dos atritos entre os que procuravam se posicionar melhor, Dilma disparou: "Vou fazer uma declaração para todos e se todo mundo ficar calado é mais fácil".
A declaração ainda não estava concluída quando os jornalistas começaram a perguntar se Dilma pretende chamar a oposição para conversar. A candidata emendou no discurso que governaria com sua coligação e para todos os brasileiros. A exemplo do evento promovido no primeiro turno, o café da manhã com partidários e aliados foi realizado em um salão do Plaza, onde os jornalistas conseguiam visualizar a candidata a partir de uma área anexa, elevada, mas ao qual o acesso direto não era permitido. Em seu pronunciamento no café, Dilma falou rapidamente sobre as realizações dos governos do presidente Lula, lembrou sua própria trajetória e destacou a importância de mobilização da campanha até o encerramento do horário de votação.
Do hotel a candidata seguiu para a escola sstadual Santos Dumont, na zona Sul, onde ela e Tarso votaram. Na hora da votação, um mesário, fã de Dilma, protagonizou cenas inusitadas, causando certo constrangimento para a candidata. Sob o protesto dos fotógrafos, abraçou Dilma, ficou segurando a carteira de identidade da candidata, que tentava pegá-la, por tempo demais, e, na hora do tradicional V que é solicitado que os candidatos façam com os dedos médio e indicador, para simbolizar sua expectativa de vitória, de novo se aproximou de Dilma e fez junto com ela o gesto.
A saída também foi tumultuada. Além da imprensa, curiosos e fãs queriam chegar perto da petista. Depois de votar, Dilma voltou a se recolher, desta vez no apartamento da filha, Paula, na rua Cariri, que é bem próxima à escola onde vota. Paula reside no último andar de um prédio de quatro andares, em uma rua sem movimento. Com a rua tomada por carros da imprensa, os curiosos também começaram a se mobilizar. Jornalistas se posicionaram em uma área aberta do outro lado da via, para observar o apartamento, que tem algumas janelas de frente. Foi o suficiente para que todas as persianas fossem fechadas.
Pouco antes do meio-dia, nova movimentação. De novo com os vidros fechados, os carros do comboio se dirigiram para a residência de Araújo, uma casa ampla às margens do Rio Guaíba. O carro de Paula e de seu marido chegou em seguida, saiu e voltou. Dilma almoçou em companhia de Araújo, Paula, o genro e o neto. Quando saiu da casa, às 13h08min, alguns simpatizantes se concentravam na entrada da garagem, tiravam fotos. Depois de senhoras gritarem: "Dilma, Dilma, Dilma, abre para a gente, dá um aceno", a petista abriu rapidamente o vidro, acenou e voltou a fechá-lo. Ainda passou mais uma vez em seu apartamento, e, dele, foi para o antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho. No aeroporto, o carro que a conduzia estacionou bem perto da aeronave e a candidata ingressou nela imediatamente. A porta se fechou com a mesma rapidez.
Em Porto Alegre a expectativa é de que, em caso de vitória, Dilma retorne ao Estado na quarta-feira (3), para descansar e, em caso de derrota, que o retorno ocorra ainda na segunda-feira (1). Sua assessoria informou apenas que o retorno para o Sul nesta semana é "pouco provável".
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