.

.
.

Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Kirchner levanta suspeitas contra seu vice e reitera demissão do titular do BC


A crise na Argentina foi agravada hoje ao ganhar novos elementos. A presidente argentina, Cristina Kirchner, foi à público criticar seu vice-presidente, Julio Cobos, que demonstrou interesse em concorrer às eleições presidenciais na disputa com o ex-presidente Néstor Kichner. A advertência ocorre um dia depois de Cristina Kirchner demitir por decreto o presidente do Banco Central, Martín Redrado, que se recusa a deixar o cargo. Acirrando ainda mais a tensão política na Argentina, Cristina Kirchner levantou suspeitas sobre a fidelidade de Cobos ao governo. Para ela, seu vice estaria por trás da resistência de Redrado a renunciar ao comando do Banco Central. Aprenda qual é o papel do vice-presidente, afirmou Cristina Kirchner, em evento na região de Avellaneda, referindo-se a Cobos. Eu acredito que todo mundo tem o direito de ser candidato a presidente, mas primeiro deve aprender qual é o papel do vice-presidente, disse ela. Em tom de desabafo, a presidente reclamou de Cobos a quem acusa de estimular Redrado a não renunciar. Segundo Cristina Kirchner, pessoas de sua confiança lhe contaram das supostas articulações políticas de seu vice-presidente. "É estranho ver alguém que te acompanha na sua ação [de governo] que é candidato de oposição para a próxima eleição [presidencial] e ainda que participa em discussões contra o governo", afirmou ela. Ontem, a presidente demitiu, por decreto, Redrado. Ambos divergem sobre a utilização de cerca de US$ 6,6 bilhões das reservas estrangeiras para pagar vencimentos da dívida externa em 2010. Cristina Kirchner defende a utilização, enquanto o presidente do Banco Central é contrário. O governo já teria designado Miguel Pesce, atual vice-presidente do BC, como interino. Mas o esforço é nomear Mario Blejer para a função. No entanto, pelas leis argentinas, o Banco Central é autônomo. Ainda segundo a legislação, o presidente da instituição deve ser designado e destituído via Congresso Nacional. O mandato de Redrado acaba em setembro. Nos últimos dias, ele afirmou que continua trabalhando normalmente. Redrado conta com o apoio da oposição que tem maioria no Parlamento. A imprensa argentina informa que Cobos teria marcado uma conversa no Senado para buscar o fim do impasse em torno de Redrado. Mas hoje, a presidente Cristina Kirchner negou ter designado seu vice para negociar com os parlamentares. A presidente da Argentina condenou ainda a decisão de uma juíza que determinou a suspensão dos efeitos do ato que estabelece o Fundo do Bicentenário que é formado pelos recursos das reservas do Banco Central.

Nenhum comentário:

Postar um comentário