Em primeira mão. Parece brincadeira, mas não é. O prefeito do município de Presidente Vargas, o cantor brega Gonzaga Júnior (PRB), foi avisado ontem pela manhã que iria ser morto. Ele assumiu a prefeitura em 2007 após o assassinato do então prefeito Raimundo Bartolomeu Santos Aguiar, o Bertin. O crime até hoje não foi totalmente esclarecido. Ele já prestou depoimento à polícia e indicou um possível mandante. Gonzaga Júnior (foto) seria assassinado nesta terça-feira por R$ 150 mil. O mandante seria um empresário de São Luís. O prefeito contou agora há pouco ao blog que chegava à capital, por volta das 9h, quando foi abordado por um motoqueiro próximo ao retorno do Aeroporto Marechal Cunha Machado. Ele parou o carro pensando tratar-se de um eleitor. “Eu queria lhe dar um aviso. Hoje vai morrer um dos Coqueiro e o senhor foi o escolhido. Eu sou de parada, mas não sou de matar ninguém. Conheço sua história e de sua família. Fui convidado a fazer essa parada e sua morte foi encomendada por R$ 150 mil”, disse o motoqueiro saindo em disparada do local. Segundo Gonzaga Júnior o homem tinha cerca de 25 anos, era baixo, estava de camiseta e bermuda. Na conversa, ele tirou o capacete e informou o nome do mandante. Com receio de sofrer a emboscada em São Luís, ele voltou para Vargem Grande e comunicou o caso ao promotor Benedito Coroba. Coroba acionou o delegado da cidade e, após contato com o secretário Raimundo Cutrim (Segurança), que está em Imperatriz, o prefeito retornou à capital na companhia do policial. Ele prestou depoimento na Deic (Delegacia de Investigação Criminal), mas foi orientado a não dar detalhes à imprensa, principalmente o nome do mandante. A família do prefeito, cujo sobrenome é Coqueiro, tem vários negócios em São Luís e no interior do estado. Gonzaga Júnior conversou com o blog por telefone às 21h30 quando voltava para Presidente Vargas escoltado pela polícia. “Eu tinha um show em Itapecuru (a cidade está comemorando aniversário hoje). Eles iam me matar era lá”, acredita ele. O show foi cancelado. Apesar da tensão, ele ainda brincou com a situação: “Parece que em Presidente Vargas prefeitos são eleitos para governar dois anos. Eu não quero morrer agora. Um dia ainda vou me apresentar no (programa) do Faustão”.
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