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Mensagem da Semana

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domingo, 4 de fevereiro de 2018

Inquérito sobre suspeita de tráfico de drogas se baseia em denúncia apócrifa, diz defesa de Cristiane Brasil

A defesa da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), indicada para ser ministra do Trabalho, afirmou que o inquérito policial do qual ela é alvo por suspeitas de tráfico de drogas e associação ao tráfico se baseia numa denúncia “apócrifa”.

“Tudo isso que está sendo falado é de uma denúncia apócrifa e nada disso foi confirmado no inquérito. Nada deu ensejo a um ajuizamento penal. Até uma pessoa que não existe pode ser acusada de alguma coisa”, disse o advogado André Miranda. Procurada, a parlamentar não quis dar entrevista.

A investigação que atinge a parlamentar, impedida pelo Judiciário de assumir a o ministério, se refere à campanha eleitoral de 2010. O procedimento foi aberto inicialmente pela Polícia Civil após denúncias encaminhadas por e-mail à Ouvidoria da corporação.

Os denunciantes, cujas identidades foram preservadas, relataram que assessores de Cristiane, que na época era vereadora licenciada e comandava uma secretaria municipal do Rio na gestão de Eduardo Paes (MDB), pagaram a traficantes do bairro de Cavalcanti para terem o “direito exclusivo” a fazer campanha na região.

Cristiane não se candidatou em 2010, mas naquele ano deu apoio para a candidatura do hoje deputado estadual Marcus Vinícius (PTB), então seu cunhado, à reeleição. Ela se candidatou e foi eleita deputada em 2014. Cristiane e Vinicius negam todas as acusações.

Além de Cristiane, também são investigados Marcus Vinícius e três assessores dela. A investigação foi enviada ontem à Procuradoria-Geral da República, em Brasília, porque Cristiane possui foro privilegiado.

Por meio de nota, a assessoria do deputado Marcus Vinícius disse que ele prestou esclarecimentos sobre uma “denúncia anônima” e alegou “motivações políticas de algum adversário incomodado com a atuação do parlamentar na região”. Em seu depoimento à Polícia Civil, Vinicius alegou que nunca teve envolvimento com traficantes ou qualquer pessoa ligada a atividade ilícita.

Ele admitiu, porém, que, em 2010, esteve em várias comunidades carentes “com o objetivo de fazer campanha política para a reeleição ao cargo de deputado estadual”. Afirmou que durante as visitas “não viu nem entrou em contato com qualquer pessoa ligada à atividade ilícita do tráfico de drogas”.


(Com Estadão Conteúdo)

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