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Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Artigo de Dr. Magno Bacelar: O BRASIL É UM PAÍS SÉRIO

Dr. Magno Bacelar: Ex-senador, ex-deputado, 
ex-vice-prefeito da capital -São Luis e
 ex-prefeito de Coelho Neto 

Em 1964, quando João Goulart era presidente do Brasil recebeu no Rio de Janeiro o mais respeitado político francês do século XX, o General Charlles de Gaulle, um dos líderes da aliança vitoriosa na segunda guerra mundial além de presidente, em exercício, da França.

Como estudante tive o privilégio de assistir ao desfile dos dois presidentes, em carro aberto, pela Avenida Rio Branco. Quatro coisas ficaram registradas em minha lembrança. A primeira o tamanho do General, homem de mais de dois metros de altura, destoando da média nacional, tiveram que fabricar cama e colchão nas medidas do visitante. O segundo foi a imponência do carro ROLLS ROYCE símbolo do poder pois de uso exclusivo de presidentes desde Getúlio Vargas, o mesmo que transportou o Presidente Bolsonaro, na cerimônia de posse, com o filho Carlos quebrando o protocolo sentado no encosto do banco. A terceira, foi o motivo de tão importante visita com fins diplomáticos, os dois países vivenciavam crise deflagrada pela pesca da lagosta por barcos franceses no litoral cearense enquanto João Goulart estava prestes a ser apeado do poder pelo golpe militar de 1964. Finalmente a quarta impressão, a nefasta frase atribuída ao estadista francês: “Le Brésil nest pas un pays serieux” - “O Brasil não é um país sério”

Lamentavelmente, depois de 55 anos nada foi corrigido, continuamos com as mais altas taxas de mortalidade infantil, quebrando recordes de analfabetismo, pagando as mais elevadas taxas de juros, enfrentando violência e corrupção desenfreadas. O povo desiludido e até então acomodado, finalmente, reagiu elegendo um candidato descompromissado com a escória que assolapou o patrimônio público, comandou fraudes e todo tipo de violência contra a ética e dignidade na política. O eleitor usou toda a munição e armas de que dispunha, abraçou, desesperado, a tábua de salvação que restava. Pelo voto extirpou parasitas históricos renovando os representantes nas duas casas do Congresso. Estas ações e esperanças não podem ser frustradas e não permitem procrastinação por parte dos novos mandatários. 

Não há tempo a perder com firulas ou frases de efeito, chegamos ao fundo do poço e à tolerância zero. O presidente será cobrado, também, pelos erros da equipe escolhida ao seu livre arbítrio. Um Ministro não pode usar metáforas ou tentar mitigar ditos irresponsáveis e inconsequentes. Ninguém ignora o óbvio de que menino é menino e menina é menina; salta aos olhos, também, que em país devastado pelo desemprego e fome, filhos vestirão a roupa que os pais conseguirem. Falar em cor, a essa altura, é discutir o sexo dos anjos. 

Em passado não muito distante, quando alguém falava demais dizia-se: bebeu água de chocalho. Seria de bom alvitre que alguém segurasse a tramela da Ministra,senão ela não vai deixar esquecer a Dilma.

País e povo aguardam ávidos decisões do Presidente da fé e da esperança. Atitudes que imponham respeito, aqui e alhures, e façam crer que o Brasil é uma nação séria.



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