A fábrica da Itapissuma no município de Fronteiras do Piauí produz diariamente cerca de 45 mil sacos de cimento Nassau por dia. O produto é comercializado em maior quantidade para o estado do Piauí e não existe produção menor que a demanda.
A produção, de acordo com informações de funcionários do Grupo João Santos, proprietário da empresa, é de que a produção atende plenamente a demanda.
Armando Oliveira, do setor comercial e de faturamento, informou na manhã desta terça-feira(24) que o Piauí consome cerca de 20 mil sacos/dia do cimento ali produzido e que “o produto não está em falta.”
Nesta segunda-feira(23), o deputado Leal Júnior (DEM), para justificar atraso em obras de estradas realizadas pelo governo do estado, disse em plenário que “as obras estão em atraso porque faltam produtos no mercado da construção civil do Piauí.”
Um dos produtos sugerido pelo parlamentar seria cimento. O asfalto também estaria em falta.
O caminhoneiro Júlio César de Aquino, funcionário da transportadora Transtomar, de Anápolis (GO), afirmou que nesta manhã havia mais de cinquenta caminhões no pátio da empresa esperando para carregar.
“Tem caminhão demais esperando para carregar. O pátio está lotado. Tem mais de cinquenta caminhões”, disse ele, às 9h26min de hoje. Ele faria transporte para Imperatriz (MA).
Os responsáveis pela empresa, em Fronteiras, afirmam que a produção não deixa a desejar. “Temos atendido plenamente a todos os pedidos que nos são encaminhados”, pontificou Armando Oliveira.
Ele disse que o consumo de cimento provém tanto do poder público quanto da iniciativa privada numa proporção de meio a meio. Oliveira enfatiza que a produção da fábrica garante o abastecimento da demanda local e ainda exporta para outros estados.
Enfatiza que nesta manhã havia dezenas de caminhões estacionados no pátio da empresa provenientes de vários estados da Federação e que todos estavam aguardando para serem carregados de a fim de levaram para seus lugares de origem o cimento produzido e comercializado no Piauí.
Oliveira diz que alguns caminhões esperam dois ou três dias para serem devidamente abastecidos mas isso se dá não em virtude da falta de material e sim por causa da grande demanda. “Mesmo grande a demanda, temos toda a condição de atendê-la”, asseverou, por telefone, ao repórter do 180graus.
No Piauí, a fábrica Itapissuma, do Grupo João Santos, é a única existente. Mas existem nos estados vizinhos diversas empresas que produzem em quantidade suficiente para atendimento da demanda.
No vizinho estado do Ceará, existem fábricas de cimento nas cidades de Barbalha e Sobral. São elas Poty e Itaperu (antiga Ibacip). No Maranhão, existe a Itapicuru, na cidade de Codó.
No Rio Grande do Norte, existe fábrica em Mossoró. Na Paraíba, as fábricas situam-se em João Pessoa e Caaporã, enquanto em Pernambuco existe indústria em Goiana.
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