Ao tentar se defender das denúncias de superfaturamento e desvio de verbas na obra do governo cassado Jackson Lago, na recuperação do Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís, Weverton Rocha confirmou a mais lamentar irregularidade cometida em uma administração pública.
Simplesmente, o ex-seccretário- balaio confessou a antecipação do pagamento da obra, no valor de R$ 5 milhões, sem que os serviços de recuperação tivessem sido concluídos. Vale ressaltar que no caso de obras públicas todo pagamento obedece à medição dos serviços executados. Portanto, Weverton Rocha cometeu sim uma grave irregularidade e precisa ser punido por essa atitude.
Outra situação que chama a atenção é o fato do ex-secretário ter afirmado que seu patrimônio financeiro cresceu, como num passe de mágica, de R$ 100 mil para R$ 366 mil de 2005 a 2008, justamente no período em que o governador cassado Jackson Lago se preparava para “libertar o Maranhão”.
Mostrando-se “ingênuo”, Weverton Rocha ainda teve a cara de pau de dizer que não cometeu irregularidade no Governo. Aí, ele se contradiz quando declara que pagou por uma obra sem ter sido concluída. Mas no entanto, ele vai mais longe quando afirma que pagou os serviços do Ginásio Costa Rodrigues por ter recebido garantias do proprietário da empresa Maresia, que ganhou a obra para execução em caráter emergencial. Só esqueceu de dizer que garantias sobrenaturais foram essas.
Tentando se fazer de vítima, o ex-secretário de Esportes e Juventude coloca a culpa pelas acusações, nas auditorias internas feitas pelo atual governo Roseana Sarney (PMDB), considerando que há motivações políticas nos documentos que baseiam cada denúncia. Só quem não conhecesse Weverton da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas) poderia até acreditar.
O ex-secretário aproveitou para jurar de pé junto que não responde a nenhum processo na Justiça Federal, no entanto não é isso que dizem as denúncias por desvio de verbas da União na execução do Projovem Urbano e cujo processo ainda vai dar muita dor de cabeça ao “balaio”.
Quanto à empresa de ônibus Nova Açailândia, que seria acusado de ter comprado com dinheiro público desviado no governo cassado, Weverton Rocha mais uma vez utilizou a figura da irmã, uma pobre ex-cobradora de ônibus, que do dia para noite vira empresária do ano, como nos tradicionais contas de fada da Gata Borralheira, que vira princesa.
Pelo visto, a cara de pau do ex-secretário Weverton Rocha tem óleo de peroba suficiente para brilhar, mesmo com a escuridão batendo à sua porta.
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