
Alvejado por denúncias de favorecimento de parentes e aliados políticos, Bezerra falou hoje por mais de cinco horas. A oposição, que preferia que o depoimento dele não fosse durante o recesso, abriu a série de perguntas. Antes, no entanto, Fernando Coelho fez uma exposição em que ressaltou as medidas que tomou para combate a enchetes. A primeira da série de denúncias surgiu com a informação de que ele privilegiou Pernambuco, seu Estado de origem, com 90% dos recursos para obras antienchentes.
Desde o início da crise, Coelho recebeu apoio da presidenta Dilma Rousseff. Ela convocou mais seis ministros para definir estratégias e conseguir recursos financeiros para as cidades atingidas pelas chuvas. Na oposição, o ministro ganhou um aceno positivo do PSDB. De olho numa possível aliança com o PSB, partido de Coelho, no futuro, os tucanos concentraram suas críticas na presidenta e não no ministro, que foi indicado pelo governador de Pernambuco e presidente socialista, Eduardo Campos.
Diferentemente do que ocorreu quando o ministro Fernando Pimentel (Indústria e Comércio) foi alvo de denúncias no fim do ano passado, Dilma determinou que Bezerra Coelho fosse ao Congresso prestar esclarecimentos. O ministro da Integração cumpriu a ordem, mesmo durante o recesso parlamentar. Ele também já concedeu uma meia dúzia de entrevistas desde que surgiram as primeiras denúncias. Já Pimentel deixou de comparecer a eventos públicos para não ter de se encontrar com a imprensa.
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