Luís Augusto Lopes Espindola, pai do presidente da Câmara de HC, disse que recebeu dinheiro público mas não bateu ponto. |
Durante audiência de conciliação realizada na manhã desta sexta-feira (09), no Fórum de Justiça do município de Humberto de Campos, o ex-prefeito Luís Augusto Lopes Espindola confirmou ao juiz Raphael de Jesus Serra Ribeiro Amorim, que de fato recebeu salário da prefeitura daquela cidade, sem efetivamente, bater ponto.
A declaração aconteceu no momento que o ex-gestor – ao lado de seu advogado – tentou convencer que os quase R$ 5 mil de proventos recebidos do executivo municipal se tratavam de consultoria prestada ao prefeito afastado Raimundo Nonato dos Santos, o Deco (PMN).
Segundo os argumentos infundados de seu Luis: “Não precisava frequentar o local de trabalho para exercer a função”.
Ora, mais como pode?!
Luís Augusto, prefeito durante os anos de 1992 a 1996, pai do presidente da Câmara de Vereadores humbertuense, aparece nas folhas de pagamento da Prefeitura durante a gestão de Deco, como se fosse um servidor público ocupando o cargo de Assessor Especial, recebendo portanto dinheiro público, e diga-se de passagem, um super-salário, se levarmos em consideração o patamar financeiro da pequena cidade.
Somente que o blog teve acesso, três folhas de contra-cheques revelam que o ex-prefeito recebeu dinheiro público entre dezembro de 2015 a fevereiro de 2016. No entanto, o valor pode chegar a quantias bem mais vultuosas.
Se confirmado que de fato não exerceu a função, o ex-prefeito poderá ser alvo de investigação do Ministério Público e até condenado a devolver o dinheiro recedido aos cofres públicos.
Outro agravante é que Luís Augusto Lopes Espindola não poderia sequer ser nomeado, vez que seu filho é o presidente da Câmara de Vereadores, configura portanto, nepotismo cruzado.
Do Domingos Costa
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