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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Governador do Piauí garante ajuda ao cantor Evandro Costa, pai da menina morta em abordagem da PM


Evandro Costa perdeu audição em ação da Polícia Militar do Piauí (PM-PI) que terminou na morte da filha dele, Emilly Caetano. Tratamento foi acordado após encontro da família com o governador.

A família da menina Emilly Caetano da Costa, morta com dois tiros nas costas durante uma abordagem policial, esteve nesta segunda-feira (8) em uma reunião com o governador Wellington Dias (PT). A partir da reunião ficou definido o auxílio na realização de um tratamento especializado no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) para o pai de Emilly, Evandro Costa, que foi atingido com tiro na cabeça e perdeu a audição do ouvido esquerdo. As informações foram repassadas pelo advogado da família, Tales Cruz.

De acordo com advogado, o governador Wellington Dias se colocou a disposição da família e lamentou a morte da menina Emilly.

"O Evandro passará por uma análise médica para verificar se de fato ele perdeu a audição do ouvido esquerdo, caso seja reversível, o cantor receberá tratamento especializado no CEIR”, contou.

O advogado contou ainda que o governador pediu para seus secretários verificarem a possibilidade do governo disponibilizar para a família uma renda mensal. "Evandro não tem feitos shows e encontra-se com dificuldade para sustentar a esposa e as outras duas filhas.", relatou o advogado.

A família também poderá ter uma casa, já que foram abrigados na residência do sogro desde o dia do crime. Conforme o advogado, os pais da menina possuem uma casa, mas não conseguiram retornar à moradia devido a saudades da filha.

“O governador pediu para conseguirem uma casa para a família através da Agência de Desenvolvimento Habitacional porque eles estão morando com sogro que também passa por necessidades”, informou.

Entenda o caso

O cantor Evandro Costa e a família saíram de casa para comprar açaí para uma das filhas e teve o carro perseguido pela Polícia Militar, no dia 25 de dezembro de 2017. De acordo com delegado Francisco Costa, o Barreta, a família recebeu ordem de parada e teve o carro atingindo por cincos disparos efetuados pelo soldado Aldo Dornel.

O soldado Aldo Dornel está preso no Presídio Militar desde o dia 26 de dezembro quando foi apontado como autor do disparou que além de matar a menina Emilly também atingir os pai da criança. A mãe da menina, a dona de casa Daiane Caetano, sofreu um tiro no braço, e o pai, o cantor Evandro Costa, foi atingido na cabeça e perdeu a audição do ouvido esquerdo. A menina Emilly foi atingida pelas costas e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Em 2010, quando ingressava na Polícia Militar, o soldado reprovou no exame psicotécnico. O exame apontou que o soldado tinha deficiências de controle emocional, ansiedade, impulsividade e disciplina. Uma liminar garantiu que Aldo e mais cinco reprovados conseguissem entrar na PM.

A liminar foi revogada seis anos mais tarde pelo juiz Rodrigo Alaggio Ribeiro, mas o PM continuou trabalhando. O comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto Gomes disse que a instituição ainda não foi informada da decisão.

O caso foi investigado pela Delegacia de Homicídios, que concluiu o inquérito policial na sexta-feira (5) e o encaminhou para a Vara de Inquéritos do Tribunal de Justiça. Um Inquérito Policial Militar também foi aberto no âmbito da corporação.


Informações do G1 PI

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