Um feto humano de apenas dois meses foi encontrado dentro do freezer de uma geladeira em uma residência no Bairro Vila 2.000, em Confresa (1.660 km de Cuiabá), na noite do último domingo (25). A dona da casa estava registrando uma denúncia de agressão contra o ex-companheiro e sua atual convivente, quando foi denunciada sobre a ocultação do feto congelado.
A Polícia Judiciária Civil de Confresa já está investigando o fato, que envolve uma série de ações inimagináveis.
A mulher procurou a delegacia afirmando ter sido agredida e injuriada na tarde do domingo (25), no momento em que seu ex-companheiro teria trazido o filho dos dois, que tinha passado o final de semana com o pai.
A mulher afirmou ter dito ao pai da criança que não poderia ficar com o filho nos próximos dias, visto que tinha sofrido um aborto e, na segunda-feira (26), precisaria retornar ao hospital para continuar os procedimentos. Isso, segundo a mulher, teria motivado um desentendimento entre ela, o ex-companheiro e a atual esposa dele.
Enquanto ela realizava a denúncia na delegacia, a Polícia Civil recebeu uma denúncia anônima afirmando que ela guardava um feto humano no congelador de sua geladeira.
Policiais civis e militares foram com a mulher, de 36 anos, até a sua residência. Ao chegar ao local, segundo a Polícia Civil, em desespero a mulher retirou o feto do freezer rapidamente e o colocou dentro de sua calcinha, tentando esconder o crime, o que não deu certo.
Ela foi presa e, em depoimento, disse ter sido vítima de um aborto espontâneo, afirmando, inclusive, ter sido atendida em uma unidade hospitalar do município. Segundo o delegado que atendeu a ocorrência, André Rigonato, o hospital confirmou que a mulher passou por atendimento na última sexta-feira (23), mas não informou que tipo de assistência ela recebeu.
A mulher afirmou à Polícia Civil que estava com medo de ser presa pelo aborto e, por isso, depois que o feto foi retirado, pegou-o de volta e introduziu em sua vagina. Foi desse modo que conseguiu levá-lo para casa e escondê-lo no congelador.
Foi aberto um procedimento administrativo na unidade em que ela foi atendida para verificar se a mulher realmente sofreu o aborto dentro do hospital, e, caso isso seja confirmado, de que forma ela teria conseguido sair do local com o feto.
A suspeita foi encaminhada para Exame de Corpo e Delito para atestar se houve algum procedimento invasivo para retirada do feto, ou se ela realmente sofreu um aborto espontâneo.
Ainda será realizado um exame toxicológico para investigar se ela ingeriu alguma medicação que possa ter provocado o aborto. Os laudos serão emitidos pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
Por Karina Cabral/OLivre
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