O grupo de trabalhadores maranhenses resgatado de situação degradante de trabalho na zona rural de Guariba (SP) seguiu viagem nesta segunda-feira (20) para Coroatá (MA), cidade de origem dele. O ônibus saiu de Cravinhos (SP) pela manhã, sob escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O resgate dos 22 homens ocorreu na segunda-feira (13), em uma operação do Ministério Público do Trabalho (MPT), após denúncia feita pelas próprias vítimas. O grupo estava na região desde janeiro deste ano para atuar na lavoura e estava abrigado em dois alojamentos com condições precárias.
De acordo com a apuração da Procuradoria do Trabalho, não havia banheiros suficientes nos imóveis, os alojamentos apresentavam rachaduras, instalações elétricas improvisadas e os quartos tinham superlotação – seis pessoas dividiam um cômodo de dez metros quadrados.
Segundo a investigação, alguns dos homens não tinham registro em carteira, diferentemente da promessa feita pelo empregador.
“A gente levou cesta básica, lanche. O pessoal estava praticamente jogado às traças. Estavam em condições inabitáveis”, contou o advogado Renan Hespanhol Viana, que representa o grupo, ao g1.
Um dos trabalhadores resgatados disse que, desde janeiro, o grupo foi deixado ao relento pelo empregador. O órgão chegou aos locais depois de o próprio grupo denunciar o caso e contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Para usar o alojamento, cada um dos trabalhadores tinha que pagar aluguel de R$ 120.
Indenização
Na semana passada, a Justiça do Trabalho determinou ao empregador o pagamento de R$ 500 mil em multas e indenizações.
O valor foi acordado em audiência na Vara do Trabalho em Cravinhos.
De acordo com a defesa do grupo, cada trabalhador vai receber R$ 12 mil por danos morais, devido às condições degradantes. O valor da multa de R$ 100 mil será revertido a duas entidades assistenciais em Guariba.
FONTE: G1 RIBEIRÃO PRETO E FRANCA
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