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Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

E TOME MAIS ESCÂNDALOS!… Prefeitura de Caxias paga salário de funcionário particular de Fábio Gentil há quase uma década


De acordo com um levantamento feito pelo Portal MA365 minucioso de contracheques da Prefeitura Municipal de Caxias/MA revela um possível caso de funcionário fantasma sustentado com dinheiro público desde janeiro de 2017. O servidor André Nascimento, lotado formalmente na Secretaria Municipal de Governo com o cargo de Supervisor (AS-6), aparece recebendo vencimentos mensais regulares, gratificações e, mais recentemente, valores por serviços extraordinários, embora nunca tenha sido visto exercendo qualquer atividade pública.

Segundo apuração, André sempre atuou como funcionário pessoal do ex-prefeito Fábio Gentil, exercendo funções privadas de confiança diretamente ligadas ao ex-gestor, como serviços de portaria e apoio pessoal. No entanto, desde que Fábio Gentil assumiu a Prefeitura de Caxias em janeiro de 2017, André passou a figurar oficialmente como servidor da prefeitura, embora sem exercer de fato qualquer atividade nas dependências do município.

O que agrava ainda mais o caso é que, mesmo com o fim do mandato de Fábio Gentil em dezembro de 2024, André continua exercendo suas funções na residência pessoal do ex-prefeito, mas segue recebendo salário como se estivesse lotado na Prefeitura, agora sob a gestão do atual prefeito Gentil Neto, que é sobrinho de Fábio Gentil. O vínculo funcional não foi interrompido, tampouco revista a lotação do servidor, configurando possível continuidade dolosa na utilização indevida da máquina pública.

A análise dos documentos oficiais comprova que entre janeiro de 2017 e setembro de 2025, o servidor já recebeu mais de R$ 237 mil em vencimentos fixos, além de valores adicionais a título de gratificações, horas extras e serviços extraordinários. A partir de 2024, os valores mensais saltaram para R$ 3.200,00, com acréscimos de R$ 700,00 decorrentes desses adicionais, mesmo sem qualquer comprovação pública da atividade funcional correspondente.


Contracheque de janeiro de 2017.

Contracheque referente o mês de agosto de 2025.

A suposta manutenção de servidor público para fins privados configura, em tese, os crimes de peculato (art. 312 do Código Penal), com pena de 2 a 12 anos de reclusão, além de corrupção ativa e passiva (arts. 317 e 333), e possível formação de organização criminosa (Lei 12.850/2013), caso comprovado o envolvimento de mais agentes públicos. Ainda pode haver infrações à Lei de Improbidade Administrativa (Lei 14.230/2021), com previsão de perda de função pública, suspensão de direitos políticos, multa civil e ressarcimento integral ao erário.

Diante da gravidade dos fatos, é imperiosa a atuação do Ministério Público do Estado do Maranhão, com a imediata instauração de inquérito civil e eventual ação penal para apuração da prática de ilícitos criminais e administrativos. Caso confirmada a irregularidade, todos os envolvidos, inclusive ex e atual gestores, poderão ser responsabilizados, com obrigação de devolver aos cofres públicos todo o valor pago indevidamente ao servidor.

Esse caso escancara uma prática que vai muito além de um nome só. Conforme apurou o portal MA365, André é apenas uma das dezenas de pessoas ligadas diretamente à família Gentil, sejam amigos pessoais, aliados políticos ou apadrinhados, que recebem salários da Prefeitura de Caxias sem prestar qualquer tipo de serviço efetivo à população.

Trata-se de uma rede de nomeações fantasmas e desvios de finalidade que, segundo fontes internas da própria gestão municipal, tem se mantido ativa por anos, sustentada por relações de compadrio e pela impunidade que impera na máquina pública caxiense.

A população de Caxias espera uma resposta firme dos órgãos de controle. A permanência de práticas como essa, que ferem frontalmente os princípios da legalidade, moralidade e eficiência da administração pública, representa não apenas desvio de recursos, mas o aprofundamento de uma cultura de impunidade e conivência com a corrupção que precisa ser combatida com urgência.


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