O número de civis mortos no Afeganistão aumentou 14%, com mais de 2.400 falecidos em 2009, o ano mais violento em oito anos de guerra contra os talibãs, anunciou nesta quarta-feira a ONU, em um relatório da Missão das Nações Unidas no Afeganistão (Unama), que acusa os rebeldes de terem causado mais de dois terços das mortes. Segundo o informe, 2.412 civis morreram entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009, o que representa 14% a mais que os 2.118 do ano 2008, marcado, por sua vez, por uma alta brutal de 40% do número de civis mortos em relação a 2007.Setenta por cento das vítimas (1.681) morreram em atentados, ataques e assassinatos cometidos pelos rebeldes, segundo a ONU, ou seja, o aumento é de 45% em relação a 2008.Por outro lado, 25% das baixas de civis em 2009 são atribuídas a operações das forças afegãs e dos soldados estrangeiros (596), 28% a menos que no ano anterior, segundo a Unama.Criticado pelo governo afegão por matar às vezes sem distinguir entre os talibãs e simples habitantes, Washington assegurou recentemente que a redução do número de vítimas civis, principalmente em bombardeios de posições rebeldes em povoados, era uma prioridade das tropas ocidentais."O recurso de ataques aéreos e o fato de que as instalações militares (da Otan) estejam situadas em zonas civis aumentam em muito o risco de baixas civis, mortos ou feridos", critica a ONU.As bombas artesanais e os atentados suicidas - os dois modos de operar favoritos dos talibãs - são a primeira causa de morte entre os civis (44%) apesar de não apontarem diretamente contra eles, e sim, quase sempre, contra soldados estrangeiros ou afegãos, ou prédios oficiais.
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