O deputado Bira do Pindaré subiu ao plenário da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (07), para dar os pêsames a família e amigos do ex-governador Jackson Lago. O parlamentar lembrou o grande homem que foi Dr. Jackson e leu uma carta da historiadora Lígia Teixeira, que demonstra a luta social do PDTista. Alguns trechos da carta de pesar refletem a simplicidade do Dr. “Certa manhã chuvosa, e com o tempo abafado como é típico em São Luís, um homem de cabelos grisalhos, óculos largos e um andar sereno, porém firme, estendeu a mão para cumprimentar minha mãe”, a historiadora continua o relato falando de sua reverencia ao médico. “Eu era bem menina, e não fazia ideia da relevância dele para São Luís, a cidade em que nasci e que foi administrada por ele três vezes. Não entendi por que aquele homem cumprimentara justamente a minha mãe. Mãe, quem é aquele moço? É o Dr. Jackson, minha filha. A partir daquele dia até hoje só consigo me referir a Jackson Lago, como o Dr. Jackson”. Lígia permanece relatando a trajetória de coerência do ex-governador. “Eu aprendi a conhecer melhor o político que viveu praticamente toda a sua carreira do lado oposto do grupo político que domina a política local até hoje. Vi São Luís se tornar a cara do Jackson Lago e do PDT, para o bem ou para o mal”, a vitória de Jackson em 2006 também merece destaque na carta. “vi o dia que eufórica a capital comemorou a plenos pulmões na Praça Maria Aragão a vitória do médico pedreirense, fato histórico que marcava a interrupção de mais de 40 anos de domínio, quase despótico do Senador José Sarney”. Ela também comenta a carência de novas lideranças no MA. “Num Estado com imensa dificuldade para produzir liderança jovens, Doutor Jackson preencheu por mais de 20 anos um vazio ideológico de uma oposição que não sabia e não podia, e muitos casos não queria mesmo desafiar frontalmente os donos do Poder do Estado do Maranhão”. A historiadora lamenta o curto período que Jackson governou o Estado. “Com Jackson o Maranhão foi feliz por pouquíssimo tempo, um médico que liderou por duas décadas, não conseguiu dar um único passo a frente quando o desafio foi governar o Estado inteiro, diante de uma máquina pública aparelhada pelos setores de aliados corruptos e sedentos pelo poder, sem uma bancada federal que o apoiasse nacionalmente, atormentado diariamente com feroz cobertura mediática que não o poupou nem mesmo quando ele fez as coisas certas”. A carta termina com o desapontamento da autora que se mostra desapontada com a justiça e a grande maioria do povo que abandonaram o ex-governador “O mesmo Maranhão que chorou de alegria carregando Jackson Lago nos braços para dar ao Palácio dos Leões o Governador que tanto tempo sonhamos e lutamos, não voltou lá para solidarizar-se com ele, quando por força de uma manobra das mais violentas e arbitrárias que o Maranhão conheceu, Jackson Lago deixou o Poder de forma prematura e levando consigo as últimas esperanças de um povo, que aquela altura já não acreditava mais em políticos, fossem eles de oposição ou fossem eles de situação”. Bira encerrou seu pronunciamento afirmando que a melhor forma de homenagear o Governador Jackson é seguindo seu exemplo de homem público, militante e um desbravador. O PDTista abriu caminhos para essa nova geração que surge na política, e que soube como ninguém acalentar o sonho de mudança desse Estado.
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