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Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Prefeitura do Rio anuncia indenização a famílias das vítimas de Realengo

A Prefeitura do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira (15) que vai indenizar as famílias dos 12 alunos de 12 a 15 anos mortos no massacre da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste da cidade, no último dia 7. O anúncio foi feito pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, durante um evento nesta manhã na Cidade de Deus. Ainda não foram divulgados valores nem datas de pagamento das indenizações, cujos critérios, segundo Paes, serão jurídicos e técnicos. "Pedi formalmente que a defensoria representasse essas famílias, nesse diálogo com a Prefeitura, para que isso se resolva com a maior brevidade possível. Tudo será feito respeitando a privacidade de cada um dos envolvidos", definiu, no evento. Conforme o prefeito, o contato com a defensoria pública geral foi estabelecido por representantes da Procuradoria Geral do município --partes às quais, salientou, pediu que acertassem os parâmetros e critérios técnicos a serem adotados. Segundo Paes, os detalhes serão definidos "nas próximas semanas". "O que não queremos é ver essas famílias, que já sofreram tanto, passarem mais 20 anos brigando na Justiça contra a Prefeitura para tentar receber alguma coisa. Tenho respeito e solidariedade pela dor destas famílias. As pessoas ali estão muito sofridas, perderam seus entes queridos e devem receber algum tipo de proteção. Provavelmente, a própria Defensoria Pública vai procurar essas pessoas", concluiu. "Quanto vale uma vida?" Pai da adolescente Luiza Paula da Silveira, 14, morta na chacina, o vigilante André da Silva Machado disse ao UOL Notícias que, até hoje, a família não foi procurada para tratar de eventual pedido de indenização. Essa, também, não parece ser a preocupação de Machado: "Nem estamos com cabeça para isso. Se alguém nos procurar, vamos conversar -- mas quanto vale uma vida? Essa é uma resposta que ninguém sabe". O vigilante contou que ele e a esposa foram atendidos por uma psicóloga da Prefeitura, mas, mesmo assim, ainda não conseguiram entrar na casa onde moram. "Estamos na casa da minha sogra", afirmou. Já o tio da adolescente Milena dos Santos Nascimento, 14, o comerciante Rodrigo Pereira, confirmou que a mãe da aluna, também morta no massacre, foi orientada por uma assistente social que a atendeu a pegar cópia do boletim de ocorrência e dar entrada no pedido de indenização. "Descobrirão quem sou da maneira mais radical", diz atirador. "Eu acho que ajuda (uma indenização), pois a casa onde os pais dela moram é toda decorada pela Milena, tem as coisas dela lá e todo dia, para dormir, é um chororô direto. Eles querem sair de lá --para uma casa no Realengo, mesmo, mas sem as lembranças que a casa atual tem", concluiu. Feridos Segundo a Sesdec-RJ (Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro), permanecem internados, nenhum em estado grave --mas sem previsão de alta --, cinco adolescentes sobreviventes do massacre. De acordo com o último boletim da secretaria, hoje no final da manhã, J.O.S., 14, passa bem, está lúcido e orientado, no CTI (Centro de Terapia Intensiva) pediátrico do hospital Estadual Alberto Torres. O adolescente L.V.S.F., 13, respira sozinho, com quadro estável, e segue em observação permanente no pós-operatório de uma neurocirurgia. Ele e a adolescente T.T.M., 13, que tem quadro estável, está lúcida e orientada, estão no CTI pediátrico do hospital estadual Adão Pereira Nunes. Em estado regular, E.C.A.A., 14, respira sem ajuda de aparelhos, está lúcido e continua internado no CTI do hospital estadual Albert Schweitzer. D.D.V., 12, evolui bem, em leito de enfermaria no mesmo hospital. Entenda o caso Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a atirar nos estudantes. Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as alunas virgens. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orientava como queria ser enterrado e deixando sua casa para associação de proteção de animais. O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição. Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.

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