Faleceu por volta das 17h50 desta segunda-feira (04/04) o ex-governador do Maranhão Jackson Lago (PDT). Ele tinha 76 anos e também já foi prefeito de São Luís, capital maranhense. Ele estava internado há seis dias, no Hospital do Coração, em São Paulo (SP). Sofria de um câncer de próstata. Jackson Kléper Lago, natural da cidade de Pedreiras, interior maranhense, era médico e já sofria com problemas de saúde desde quando ainda era governador do estado. Ele estava fazendo tratamento em São Paulo (SP) desde outubro de 2010, após as eleições, quando foi derrotado por Roseana Sarney (PMDB), que já estava no mandato após a cassação de Lago. Prefeito de São Luís por três ocasiões (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002, quando foi reeleito), Jackson Lago, que conquistou o título de melhor prefeito do Brasil, de acordo com pesquisa do jornal Folha de São Paulo, conseguiu mudar os baixos índices em educação que tinha a capital do Maranhão. Ele renunciou ao último mandato de prefeito para concorrer ao Governo do Estado e se tornou adversário ferrenho da família Sarney. Surpreendeu todas as pesquisas de opinião e foi eleito no segundo turno com 51,82% dos votos válidos contra 48,18% de Roseana Sarney. Após sua eleição colocar um fim aos 40 anos de domínio da dinastia Sarney no estado, Lago foi acusado pela campanha da candidata adversária, já no final de 2007, de cometer irregularidades eleitorais como abuso de poder e compra de votos. Em 2 de março de 2009, o TSE julgou ação movida pela coligação de Roseana Sarney e decidiu, em votação apertada, anular os votos de Lago e de seu vice, Luiz Carlos Porto. O advogado que conseguiu fazer a defesa oral pela cassação foi o piauiense Marcus Vinícius Furtado Coelho. Em razão disso, Roseana Sarney passou a ter mais da metade dos votos válidos, fazendo com que o TSE então a declarasse eleita e determinasse que ela tomasse posse. Jackson e Porto continuaram em seus cargos até o fim do julgamento de recursos. Em 16 de abril de 2009, o TSE confirmou a cassação do mandato de Lago e Porto e ordenou a diplomação da segunda colocada no pleito. Na época, Lago se recusou a abandonar o Palácio dos Leões, sede do governo.
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