O deputado Bira do Pindaré (PT) participou, na tarde da última quarta-feira, (29), de uma mesa de debate do 8º Encontro Maranhense dos Estudantes de Geografia (EMEG). O evento organizado pelos estudantes de Geografia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) começou na última terça-feira (27) e terminou na sexta (30), no Centro de Ciências Sociais da UFMA.O 8º EMEG teve como temática principal “Ambiente Físico, Desastres e Sociedade: os estudos geográficos aplicados ao planejamento e gestão territorial”. Na mesa que discutia “A nova caracterização dos grandes projetos e os impactos socioambientais no Maranhão”, Bira debateu com o professor Mestre, do departamento de História, Wagner Cabral; o representante da comunidade do Taim e do grupo de trabalhos amazônicos, Alberto Lopes e com o Professor Mestre da UFMA, Bartolomeu Rodrigues.
O Deputado lembrou aos estudantes que também foi aluno da UFMA e coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), tendo atuação no movimento estudantil. Com relação ao modelo econômico do Maranhão, ele afirmou que nosso Estado vive no olho do furacão e depende absolutamente da política externa mundial.
“Quase tudo que consumismo aqui é produzido em outros Estados, carros, roupas, alimentos, sapatos. Temos pouquíssimas fábricas, infelizmente vivemos na periferia, para completar o alumínio, o ferro, a soja e o gás que produzimos é destinada a exportação”, destacou Bira.
De acordo com o parlamentar os grandes empreendimentos que estão aqui no Maranhão geram poucos empregos e mais iludem do que resolvem os graves problemas do Estado. Como exemplo ele citou a VALE, a ALUMAR e os investimentos na soja. Para o Deputado os resultados positivos são mínimos comparados as mazelas trazidas por esses empreendimentos.
“Temos quase todos os piores indicadores de desenvolvimento humano e social do Brasil, o maior número de analfabetos, o maior déficit de médicos por habitantes, proporcionalmente a maior quantidade de miseráveis, vivendo com menos de 70 R$ por mês. Portanto estes grandes projetos que estão aqui há mais de 20 anos não acrescentaram em nada, muito pelo contrario, empobreceram nosso povo que perdeu suas terras, qualidade de vida e ganhou uma ilusão”, argumentou Bira do Pindaré.
Bira afirmou que esses péssimos indicadores não são de responsabilidade dos professores e dos profissionais de saúde e sim do Governo Estadual. Ele advertiu que saúde não se faz apenas com construções de prédios, como propaga o modelo do Governo do Estado, e sim com investimento em formação profissional de qualidade, nas pessoas.
O petista criticou o modelo de desenvolvimento econômico do Governo Estadual, que chamou de concentrador de riquezas, de poder e oligarca. “Os grandes empreendimentos não vieram para cá de graça, receberam incentivos e isenção fiscal do Governo Oligarca. Os empreendimentos sociais que deveriam receber esse apoio, quase metade dos maranhenses vivem na zona rural e não tem posse de suas terras, precisamos urgentemente da regularização fundiária”, defendeu o Deputado.
Bira deixou uma mensagem aos estudantes de geografia e parabenizou a organização do EMEG pelo nível dos debates. “Os acadêmicos podem mudar a realidade do MA. Vocês podem contribuir com os debates utilizando elementos técnicos, juntos poderemos oferecer e promover uma reviravolta no Estado, com igualdade social e respeito ao povo”, concluiu
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