Durante entrevista coletiva, após o encontro realizado, em Teresina, os governadores do Nordeste afirmaram que criminosos que atuam no Rio de Janeiro e São Paulo vieram para os estados do Nordeste. Eles defendem o fechamento das fronteiras pelas forças armadas, para impedir a entrada no Brasil de armas e drogas.
O governador do Ceará, Camilo Santana, declarou que na última reunião dos governadores, realizada no Acre, ficou acertado que o governo federal deveria usar as forças armadas para o controle nas fronteiras impedindo, assim, a entrada de armas e drogas.
“Nós estamos chamando a atenção sobre as fronteiras brasileiras, porque o Brasil não produz armas pesadas e as armas entram pela fronteira. O tráfico de drogas e o tráfico de armas tem que ser evitados pelo governo federal, já que é finalidade dele o controle das fronteiras. O governo federal, em relação à segurança pública deixa sempre a responsabilidade para os governos estaduais, quando essas organizações criminosas são nacionais e até internacionais. Finalmente, parece que o governo federal abriu os olhos para esta questão, tivemos reunião com o próprio presidente, na semana passada, e ele criou o ministério da segurança. É importante o envolvimento da justiça, Ministério Público e do Congresso Nacional para que leis possam ajudar no combate à criminalidade”, declarou Camilo Santana.
O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que os governos estaduais já fizeram várias tentativas para planejamento do combate à criminalidade, a reunião de Teresina é a décima, os estados do Nordeste tem feito uma série de iniciativas ao longo destes anos, mas de forma momentânea. “Acho que nos últimos três anos, os governadores têm discutido a segurança pública e a necessidade urgente de criação do Fundo Nacional da Segurança Pública. Nós assinamos um termo de cooperação porque nós temos em alguns estados o sistema de inteligência contra o crime, e agora precisamos ter um sistema único”, disse.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, disse que os governadores do Nordeste estão fazendo planejamento de ações contra o crime sem improvisações. “O diagnóstico está muito claro, nós falamos das fronteiras, das drogas, das armas, mas é sempre importante ressaltar que as fronteiras nunca tiveram tão desprotegidas como estão agora. Não que antes essa fiscalização fosse eficaz, mas a situação piorou e hoje nós temos o menor contingente de proteção de nossas fronteiras”, declarou.
Meio Norte
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