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Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Mulher fica quase 3 dias com feto morto na barriga


A gestante Elizane Lima Ramos, de 23 anos, está há quase três dias com um feto morto na barriga. Ela está internada na Maternidade Municipal de São José de Ribamar (a 31 quilômetros de São Luís). O cunhado da paciente, Adalberto Marques de Oliveira, de 20 anos, denunciou o caso ao Jornal Pequeno e questionou o método usado pela equipe médica para retirar o feto morto da jovem.
Segundo Alberto Marques, desde a última sexta-feira (18) os médicos administram na paciente medicação para induzir a saída do feto normalmente. Somente na manhã de hoje (21) Elizane começou a sentir contrações.
Foto: Francisco Silva
Maternidade Municipal de Ribamar, onde a paciente está internada
“Tenho medo de que ela tenha uma infecção generalizada, pois faz muitas horas que ela descobriu que o feto estava morto. Foi na sexta à tarde. Acredito que nessa situação os médicos deviam fazer uma cesariana, para acabar com esse sofrimento. A equipe médica pediu para aguardarmos o resultado da medicação e alegou que a cesariana só é feita em último caso”, contou Alberto.
A jovem descobriu que o feto estava morto, durante um exame de ultrassonografia, realizado na sexta-feira, na Maternidade Marly Sarney, em São Luís. De acordo com Alberto Marques, a gestante não ficou internada na Marly Sarney devido à falta de leitos.
“Procuramos, então, assistência médica nesta maternidade, em São José de Ribamar. Elizane foi recebida e medicada, mas nossa preocupação é com o tempo que o feto está morto dentro dela. Temos medo de que ocorra uma complicação que prejudique a saúde dela”, disse o cunhado.
Esta é a terceira gravidez da mulher, e a primeira em que ocorreu a morte do feto. Alberto Marques afirmou que a gestante fez o pré-natal na rede básica de saúde.
Outro lado – O ginecologista obstétrico Jorge Luís Araújo, responsável por cuidar de Elizane Ramos, disse ao JP que a gestante fazia o pré-natal no município da Raposa e chegou, na última sexta-feira, à Maternidade de São José de Ribamar, com o feto morto na barriga. Segundo o médico, todos os procedimentos adequados foram tomados para preservar a vida da mulher. “Ela chegou aqui com uma ultrassonografia e com o laudo da morte do feto, que tinha 33 semanas. Adotamos os métodos seguros a serem aplicados nesse caso. Estamos induzindo a paciente a expelir o feto para que ela não venha a ter complicações. Administramos a medicação para ela sentir contrações e expulsar o feto. Nesta manhã (hoje, 21), fiz a ruptura da bolsa para acelerar o processo e ela começou a sentir contrações. Tudo está ocorrendo dentro da normalidade”, afirmou o médico. “O motivo da morte fetal ainda é desconhecido. A cesariana é indicada em casos excepcionais, por ser um método muito arriscado, pois pode ocasionar infecção na mãe”, completou Jorge Luís.
O secretário de Saúde de São José de Ribamar, Rodrigo Valente, disse ao JP que visitou a paciente na manhã de hoje. Ele conversou com a gestante e com o médico que cuida dela.
“O procedimento adotado é correto, não tem risco cirúrgico. A cesariana é muito arriscada, por ter risco de infecção na gestante. Recebemos a paciente, que é da Raposa, e estamos dando todo o suporte adequado ao caso dela”, declarou Rodrigo Valente.
Jornal Pequeno. 

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