Em sua primeira aparição em um evento político, o
ex-prefeito de São Luís, João Castelo não conseguir fugir à abordagem dos
jornalistas ávidos por saber em que galho o tucano irá pousar. Diga-se de
passagem, caso o caxiense resolva pousar na árvore podre do Comunismo
maranhense, Flávio Dino terá mais uma dívida a quitar com o padrinho de seu
ingresso na política, o ex-governador Zé Reinaldo Tavares, o intermediador da
negociação entre o comunista e o tucano.
Castelo foi o único que deu a Reinaldo um cargo público, depois que o mesmo
ficou no ostracismo. Nem mesmo Jackson Lago quis colocar o ex-marido da Xandra
em seu governo. E Dino é também adepto da política dos ingratos, pois costuma
recomendar a sua assessoria que evite fotos aos jornais em que ele aparece ao
lado de Zé Reinaldo.
Ainda pouco à vontade diante da possibilidade de sentar no colo de um
adversário que tantos impropérios lhe dedicou, Castelo afirmou receber “com
naturalidade” os elogios de Flavio Dino. E descreveu o presidente da Embratur
com sutileza: “Até que ele teve muito equilíbrio em dizer o que ele
disse”. O ex-prefeito sabe como ninguém que Dino é um desequilibrado. Quando
perdeu a disputa municipal, em 2008, chorou feito um moleque que tem seu
brinquedo tomado e, raivoso, ingressou na justiça para cassar o mandato de
Castelo, a quem dizia, enlouquecido, que São Luís havia “escolhido o pior
candidato”. Sempre se auto-proclamando o “melhor”.
Pior do que isso, Dino esbravejou aos quatro cantos, chegando a chamar Castelo
de “sujo”. Em entrevista às rádios de São Luís, afirmou com o desequilíbrio que
sempre lhe foi peculiar: “Castelo venceu de modo sujo e vai governar da mesma
forma. Não é preciso desejar sorte ao Castelo porque na verdade ele não deseja
isso a si mesmo, afinal, ele é o que é. Sabemos que Castelo será coerente:
venceu de modo sujo e vai governar dessa mesma forma”.
Ontem, o ex-prefeito afirmou: “Já tolerei muita coisa na vida”. Eu não sou
intransigente, posso fazer política com qualquer pessoa, eu não sou
intolerante, pelo contrário. Para mim, é uma honra trabalhar pelo Maranhão”.
Caso seja consolidada a aliança castelista-dinista, ambos já terão decretada
sua pena de morte da ética e da coerência politica
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