O dia 2 de novembro foi separado pela igreja católica para a “celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. Segundo este ensino, esse é o dia do amor, porque “amar é sentir que o outro não morrerá nunca”. A ICR reza pelos falecidos, e seus fiéis costumam visitar os túmulos dos entes queridos.
Este dia nos faz lembrar [até mesmo aqueles que não aderem esta crença] de pessoas que se foram. Com algumas, a saudade é maior; já com outras, pelo qual não tivemos um contato mais estreito, a saudade vem com menos intensidade. Saudade e tristeza vêm a nossa mente e é sentida pelo coração.
Mas no meio de todo este “jogo emocional” envolvendo nossa alma e espírito há algumas ponderações que devem ser arrazoadas pela razão. Porque enaltecemos tanto os que se foram e somos displicentes com os que estão vivos? Um frase da refugiada Anne Frank que aos 4 anos de idade foi obrigada a sair do seu país com sua família após a chegada de Adolph Hitler ao poder que seguiu a perseguição aos judeus, ilustra uma grande verdade e traz luz as lágrimas ilegítimas para com o amor verdadeiro: “Os mortos recebem mais flores do que os vivos, porque o remorso é mais forte que a gratidão”.
Jesus é claro, e seu ensino é legítimo acerca da morte: “Deus é Deus dos vivos e não dos mortos”. Não há sabedoria em perscrutar a eternidade e tirar conclusões do que o Pai assim fez por Sua Soberana Vontade. Os mortos estão sob o cuidado de Deus, e justos e injustos serão ressuscitados para o julgamento. Não há comunicação com os mortos, e toda reza é vã para aqueles que não estão neste mundo. Há um grande abismo entre nós e eles. Muitas são as histórias e lendas inventadas para atenuar a dor da perda; mas aos que conhecem a Cristo, sua esperança nEle não se limita somente a esta vida, se assim fosse, seria o mais infeliz de todos os homens.
Talvez a perda de alguém muito querido o nocauteou e o jogou para a lona. O aperto da saudade o fez cair em uma profunda depressão e a esperança foi tragada pela partida. Mas hoje quero desafia-lo a colocar sua esperança em Jesus Cristo. Aquele que sabe de todas as coisas e que venceu a morte. Como está escrito: “Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6.40 NVI).
A morte nos traz dor e tristeza porque Deus não nos fez para morrer. Mas a queda do homem em Adão tornou da sepultura uma certeza [ao menos que Cristo nos arrebate antes]. Porém, o único que veio ao mundo para morrer, assim o fez dando sua vida espontaneamente para todo aquele que nEle crer não morra, mas tenha a vida eterna. A primeira morte é inevitável, mas a Escritura nos ensina de uma segunda morte [que é o juízo de Deus com o julgamento de todos aqueles que não creram no Cordeiro que o poderia salvá-los]: “Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos — o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte". (Ap 21.8 NVI)
Aproveite enquanto é vida! Depois se trata apenas de uma memória e um corpo para o IML. Antes de ir ao cemitério, se reconcilie com os que estão vivos. Cremos em um Deus Vivo que morreu ao terceiro dia na Pessoa de Jesus, para nos perdoar e que ressuscitou para nos livrar da condenação eterna, a saber, a segunda morte. Descanse em Deus para com os que se foram - ame os que estão vivos - e cuide de si para que no anseio de ganhar o mundo, perca sua alma.
Pense nisso!
Fabio Campos
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