Heleno Torres, Bruno Dantas, Alexandre de Moares e Antonio Cláudio Mariz sãos os cotados |
No início da madrugada de hoje, em Brasília, entre políticos e juristas com livre acesso ao presidente Michel Temer, já circulavam pelo menos quatro nomes cotados para suceder no Supremo Tribunal Federal (STF) o ministro Teori Zavaski, morto, ontem, em acidente aéreo.
Heleno Torres, advogado tributarista, que a ex-presidente Dilma Rousseff havia escolhido em abril de 2013 para a vaga de Carlos Ayres Brito. Dilma desistiu da indicação depois que a notícia vazou e que Torres se reuniu com Temer. Professor da Universidade de São Paulo, Torres é ligado ao ministro Ricardo Lewandowiski e também ao ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.
Bruno Dantas Nascimento, ministro do Tribunal de Contas da União desde 2014. É considerado um dos mais influentes processualistas do país. Foi membro do Conselho Nacional de Justiça e também do Conselho Nacional do Ministério da Justiça. Sua nomeação deixaria felizes, entre outros, Renan Calheiros, presidente do Senado, e o ex-presidente José Sarney, aos quais é ligado.
Alexandre de Moraes, atual Ministro da Justiça. Formado pela Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo, é professor titular da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Sua eventual indicação para o STF, onde tem livre trânsito, resolveria o problema de Temer, pressionado para tirá-lo do Ministério da Justiça.
Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, amigo há mais de 40 anos de Temer, ex-presidente da OAB de São Paulo, ex-Secretário de Segurança Pública de São Paulo e ex-presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Temer pensou em indicar Mariz para o Ministério da Defesa. Desistiu porque seu nome não foi bem recebido pelos militares.
Pressão para indicar Moro
Temer é pressionado a indicar Moro para o STF |
Temer passou a sofrer pressão de amigos e até de alguns ministros mais próximos para pensar na possibilidade de indicar o juiz Sérgio Moro em substituição ao relator da Operação Lava Jato no STF. Ainda que não faça opção por Moro, o presidente deve caprichar na escolha, apostam seus auxiliares.
O Presidente Michel não adota decisões apressadas, tampouco quis tratar do assunto. Mas ouviu as ponderações pró-Moro com interesse. A escolha do substituto de Zavascki é fundamental: o novo ministro vai herdar a relatoria da Operação Lava Jato, no âmbito do STF.
A possibilidade do juiz federal Sérgio Moro no lugar de Teori Zavascki viralizou nas redes sociais. Praticamente uma unanimidade nacional. Amigos alegam, em mensagens a Temer, que Moro no STF mostraria a isenção do presidente em relação à Lava Jato.
Do Domingos Costa
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