.

.
.

Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lula afirma que não influenciará Dilma e que novo Governo terá cara própria


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira à presidente eleita, Dilma Rousseff, que dê "sua cara" ao Governo e afirmou que não influenciará em sua gestão.
A reunião com Lula foi a primeira visita de Dilma ao Palácio do Planalto desde que foi eleita no último domingo, com 56,05% dos votos.

Após um encontro privado, os dois participaram de uma entrevista coletiva, na qual Lula disse que dará "uma lição de como se um ex-presidente deve se comportar" e negou que influenciará na gestão de sua sucessora.

"O Governo de Dilma tem que ter cara própria", afirmou Lula, quem negou que participará de discussões para a formação de Ministérios.

"Um ex-presidente não indica e não veta. Só pode dar conselhos se for pedido", declarou Lula, quem acrescentou que torcerá pelo sucesso de Dilma "sempre aplaudindo".

Ele também negou que concorrerá às eleições de 2014 e afirmou que essa hipótese "seria uma temeridade", pois seu Governo mantêm taxas de aprovação em torno de 80%, fazendo com que a expectativa de um novo governo seja "infinitamente maior".

Segundo Lula, "todas as condições estão dadas para que Dilma tenha quatro anos de sucesso" e para que nas eleições presidenciais de 2014 tente com "toda legitimidade" se reeleger.

Ele também enviou uma mensagem à oposição, e pediu que mantenha um papel "construtivo" e "saiba diferenciar a briga política" do interesse do povo brasileiro.

Além disso, afirmou que Dilma receberá um país que comparou com "um carro em andamento, com o motor regulado e a 120 km/h", mas que ela "poderá pisar mais no acelerador", com cuidado para "não exagerar em um sinal vermelho".

No plano econômico, Lula disse que nos dois meses que ainda têm no cargo fará "o que for necessário para garantir que Dilma assuma o Governo com tranquilidade e sem preocupações".

Ele mostrou-se preocupado com a "guerra cambial" no mundo, à qual atribuiu a exagerada valorização do real nos últimos meses.

"Vamos ter cuidado e (adotar) todas as medidas necessárias para que nossa moeda não seja sobrevalorizada", disse Lula.

Já Dilma afirmou que o problema da mudança tem que ser resolvido nos âmbitos multilaterais.

"Todos os países percebem que há uma guerra cambial e para isso não há uma solução individual", declarou Dilma.

Lula confirmou que participará da Cúpula do Grupo dos Vinte (G20, formado pelos países mais ricos e os principais emergentes), que será realizada semana que vem em Seul (Coreia do Sul), acompanhado por Dilma, e que a guerra cambial será o principal assunto para o Brasil.

"Participarei da reunião do G20 para lutar. Se até agora brigavam com Lula agora terão que fazê-lo com Lula e Dilma", acrescentou ele, quem ressaltou que Estados Unidos e China promovem "uma guerra cambial", porque o primeiro "quer resolver seu problema" enquanto o segundo "tem sua moeda muito desvalorizada".

Dilma confirmou que descansará por alguns dias e que na próxima segunda-feira viajará para Seul, onde se encontrará com Lula para assistir à Cúpula do G20.

Nenhum comentário:

Postar um comentário