TEERÃ - Um duplo atentado perto de uma mesquita no sudeste do Irã deixou 39 mortos nesta quarta-feira, 15, informou a agência estatal de notícias, Irna.
Fariborz Ayati, da perícia, disse à agência que há homens e mulheres entre as vítimas. Um funcionário do Crescente Vermelho, Mahmoud Mozafar, disse que havia mais de 50 feridos.
O ataque ocorreu na cidade portuária de Chahbahar, perto da fronteira com o Paquistão. As bombas tiveram como alvo um grupo de fiéis que participava de uma cerimônia um dia antes da Ashura, o dia em que é lembrado o martírio do imã Hussein, neto do profeta Maomé e um dos mais adorados nomes para os muçulmanos xiitas.
De acordo com a televisão estatal, a primeira explosão ocorreu do lado de fora da mesquita, enquanto a outra bomba foi detonada em meio à multidão.
O Irã tem sido alvo de uma série de explosões nos últimos meses, inclusive em um ataque em uma base de treinamento militar em outubro, quando morreram e ficaram feridos vários homens que serviam o Exército.
Existem grupos armados nos país que se opõem ao regime de Mahmoud Ahmadinejad. Entre eles estão os curdos do noroeste, as milícias baluchis do sudeste e grupos árabes do sudoeste.
Um dos grupos que atuam na área do ataque é o Jundollah - Exército de Deus -, que já realizou diversos atentados, inclusive contra a poderosa Guarda Revolucionáriado país. O grupo, porém, não assumiu a autoria do ataque, embora o uso de vários explosivos é uma tática comumente usada.
O Jundollah é um grupo radical sunita que justifica seus ataques afirmando que sua etnia, minoria no Irã, é amplamente discriminada pelos xiitas, maior parte da população iraniana.
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