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Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Brasileiro preso há 10 anos na Indonésia pede ajuda de Dilma para não ser executado

Há dez anos no corredor da morte em uma prisão no interior da Indonésia, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53, está com medo de ser executado em breve.
“Tenho muito medo... Podem até me matar, mas vou lutar até o final”, disse por telefone, nesta segunda-feira (15).
O temor tem explicação: há uma semana, o novo presidente da Indonésia, Joko Widodo, anunciou que negará todos os pedidos de clemência endereçados a ele por traficantes de drogas condenados à morte no país.


É o caso de Marco, flagrado no aeroporto de Jacarta em agosto de 2003 com 13,4 kg de cocaína, escondidas nos tubos da sua asa-delta.
O brasileiro só está vivo porque um pedido de clemência seu ainda não foi respondido pelo presidente. É a sua última chance de escapar da pena capital; na Justiça, não há mais instâncias a recorrer.
Depois de esgotados os recursos jurídicos, os detentos podem fazer dois pedidos de clemência ao presidente. Marco teve o primeiro deles negado em 2006; dois anos depois fez o segundo, que o então presidente Susilo Bambang Yudhoyono (2004-2014) jamais respondeu.
Em outubro, Joko Widodo o sucedeu no cargo e, agora, ao sinalizar que negará a clemência, quer levar as execuções de prisioneiros adiante.
Há 64 respostas pendentes para pedidos de clemência.
DROGAS
O argumento, disse o presidente na semana passada, é que as execuções irão coibir o tráfico de drogas. Widodo afirmou que a Indonésia tem 4,5 milhões de usuários de drogas e que os traficantes arruínam o futuro das gerações no país.
A notícia preocupou parentes de Marco e também o Itamaraty, que mantinha conversas com o então presidente Yudhoyono e atribui à boa relação com ele a não execução de Marco. Com a mudança de governo, as negociações para evitar a pena capital começam do zero.
O órgão disse não ter sido informado sobre resposta ao segundo pedido de clemência de Marco e diz que mantém diálogo para que a clemência seja concedida.
A Indonésia anunciou a execução de cinco prisioneiros neste mês e outros 20 em 2015, o que motivou carta de protesto da Anistia Internacional. Marco não está na lista dos cinco a morrerem neste ano; todos são indonésios.
AJUDA DE DILMA
Marco pediu ajuda à presidente Dilma Rousseff (PT) para não ser executado.”Ela tem muita moral e é a única que pode me tirar daqui”.
A presidente já intercedeu pelo brasileiro ao menos uma vez, ao tratar do caso com o então presidente Yudhoyono.
Marco está preso na penitenciária de segurança máxima de Pasir Putih (“areia branca”) ele pode circular no pátio durante o dia e, à noite, fica trancafiado na cela.
Há dois brasileiros condenados à morte no mundo, ambos na Indonésia. O outro é Rodrigo Muxfeldt Gularte, paranaense preso em 2004 com 6 kg de cocaína.
Embora com pedido de clemência pendente, o caso de Rodrigo é considerado menos grave pois ele foi preso após Marco e com menos droga. Na fila de uma eventual execução, Marco vem primeiro.
Segundo a Anistia Internacional, há cerca de 140 condenados à morte na Indonésia. A última execução ocorreu em 2013. A pena capital se dá por fuzilamento.
FONTE:

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