Por José Reinaldo Tavares
Encerrado esse ciclo de domínio que
deixou uma grande herança maldita para os maranhenses, vemos com pesar
que a cada dia conhecem-se novos indicadores sociais tão ruins que
desafiam futuros governos e põe à prova a própria população maranhense.
Como exemplo, temos dois deles recém divulgados. Um versa sobre o
aumento do número de pessoas que entraram na faixa de pobreza
classificada como miseráveis, número que ascendeu a 871 mil pessoas no
total em 2013, consolidando o Maranhão como recordista absoluto do país
na concentração da miséria, em termos relativos ao tamanho da população.
Isto com o agravante de que, somente no ano citado, 118 mil pessoas
engrossaram esse número, jogando definitivamente por terra os devaneios
repetidos à exaustão de que tudo vai muito bem em nosso estado.
O segundo apareceu quinta-feira passada
na Folha de São Paulo, que divulgou mais um dado deprimente – entre
tantos – ao publicar o resultado da Prova Brasil, com dados de provas
com estudantes de todos os estados. Nessa compilação, os dados do
Maranhão em português e matemática são vergonhosos. O título da matéria é
“Estados que concentram o maior percentual de alunos no pior nível”.
Para o quinto ano, final do ensino fundamental, o Maranhão é o último
colocado entre todos, com 49 por cento dos estudantes abaixo do nível 1 e
para o nono ano, final do ensino médio, o nosso estado é também o
último, com 38,4 por cento dos estudantes abaixo do nível 1. Alagoas é o
próximo pior e o Piauí, nosso companheiro de infortúnio em outras
áreas, nesta está muito melhor do que nós.
Para terem uma ideia, no nível 1 está
aquele estudante que não consegue identificar o personagem principal em
uma fábula. Os níveis razoáveis começam a partir do nível 5, para o
aluno do quinto ano. O estudante do nono ano abaixo do nível 1 é aquele
que não consegue interpretar expressões e opiniões em crônicas. Do nível
5 até o 8 é onde estão níveis razoáveis para bom. A tragédia é tão
completa que a grande maioria dos estudantes maranhenses está abaixo do
nível 5 em ambos os casos.
Com efeito, Roseana fecha o seu legado
caracterizado pela enorme determinação, sempre demonstrada, em evitar
que o Maranhão tivesse um nível educacional pelo menos razoável. Não
custa lembrar que quando saiu do governo em 2002, após oito anos de
mandato, o estado não tinha ensino médio em 159 municípios.
Infelizmente, o legado danoso dos anos em
que esteve no governo é muito maior e abrangente, pois atinge
profundamente a vida dos maranhenses em todos os setores. Desde as
finanças do estado, equilibradas no meu governo e mantida com a boa
gestão com Jackson Lago, e que agora nesse final estão descontroladas.
Não raro somos surpreendidos com notícias alarmantes, desde o caos em
que submergiram todos os serviços prestados pelo estado como segurança,
saúde, educação… Descontrole visível também na nunca presenciada onda de
violência que atinge toda a população e até mesmo o aparelho policial e
no caos em que vivem o sistema hospitalar, com a falta de pagamento
generalizado, que priva a população de médicos e paramédicos e até mesmo
sem material básico para o atendimento hospitalar. Na educação já não
temos para onde cair…
Não bastasse isso, nas finanças o não
pagamento de serviços e convênios contratados é geral, incluindo também o
pagamento de precatórios. Aliás, o único pago deu no que deu e foi
parar nos anais da Operação Lava Jato.
Então, como afirmar que Roseana Sarney
está entregando um estado com as finanças em dia para Flávio Dino?
Deviam ser mais sérios!
Tempos difíceis virão por aí, mas Flávio
vem montando uma equipe competente e com muita vontade de trabalhar.
Dessa forma, com muita determinação e austeridade, o Maranhão vai
encontrar o seu tempo de bonança.
Vamos virar essa página triste de nossa
história com determinação e a esperança de que encontraremos o nosso
lugar entre aqueles estados considerados os melhores para a sua
população.
A honestidade, que será o padrão das
ações do governo, nos dará as condições financeiras para o
desenvolvimento e a melhoria de nossas condições sociais.
Agora uma coisa é certa. As coisas estão se complicando muito, muito mesmo, para Roseana Sarney. Tempestade à vista para eles…
E, para fechar, vamos lembrar um ditado
muito conhecido nosso, um bordão muito usado por minha avó: “Aqui se
faz, aqui se paga!”.
Não é preciso dizer mais nada!
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