Por Cristiane Bacelar.
Hoje, em
Coelho Neto, iniciou-se mais um seriado de entrevistas com o prefeito da
cidade. Ele grava a entrevista de uma só vez e passa uma parte a cada dia. O
bom é que temos a sensação que ele está na cidade a semana toda. Mas bem, hoje
eu ouvi a primeira parte da série e não contive a vontade de manifestar-me. É
bem verdade que minha fé faz crer que as autoridades são constituídas por Deus
e assim devemos respeitá-las, pois tantos na cidade desejam chegar ao cargo de
prefeito e apenas 01 senta na cadeira, essa grande oportunidade é dada a
poucos. E é bom que se lembre disso no futuro. O senhor prefeito hoje falou que
será processado, eu concordo, mas não será pelo fato alegado de que pagaria 13º
salário aos funcionários contratados; eles são trabalhadores, fizeram por onde
merecer seus salários e devem receber por lei e não por vontade e bondade do
nobre prefeito.
Alegou que
tamanha caridade seria feita com sacrifícios porque o governo federal não fez
os repasses financeiros, sinto muito mas afirmo que os repasses do FPM (Fundo
de Participação do Município) são feitos em três parcelas no mês, geralmente,
10, 20 e 28, e neste mês de dezembro já foram feitos repasses dia 9, 10 e 19 de
dezembro, e ainda que os valores, neste mês, foram maiores que em outros meses.
Em relações aos valores da MAC (Média e Alta complexidade da saúde) que mantém
o hospital, Samu, UPA, CEO, afirmo, ao contrário do prefeito, que já foram
repassados para o município. Na verdade neste ano de 2015, apenas a saúde do
município recebeu R$ 15.256.533,80 (quinze milhões, duzentos e cinquenta e seis
mil, quinhentos e trinta e três reais e oitenta centavos) do governo federal.
Outro trecho que me indignou na entrevista foi o modo com que trata os
vereadores da base de apoio. Em entrevistas de meses anteriores vi quando
referiu-se a eles como “os meus vereadores”, mas isso não é nada, apenas força
de expressão. Agora o que ouvi hoje me levou a crer que os trata como seus de
verdade, que os comanda sem que tenham opiniões e um grau de igualdade na
relação vereador/prefeito. Os vereadores se articularam e foram em busca dos
votos dos outros vereadores. Se empolgaram e fizeram uma campanha simples.
Exemplifico comigo, apenas um candidato me pediu voto, eu pedi que ele
trabalhasse melhor como presidente, fizesse uma câmara itinerante, investisse
na revisão das leis caducas de nosso município, promovesse audiências públicas
na câmara; e assim ele garantiu e votei sabendo que continuaria sendo um
vereador da base do governo como o outro candidato. Nada demais! Mas o prefeito
tinha “determinado” que votasse no candidato dele. Alguns “desobedeceram” e conforme
a fala do prefeito: “Continuaram persistindo no erro, mas eles podem rever
isso, e corrigir o erro, ainda há tempo de corrigir o erro, o Junior fez isso e
está de cabeça erguida, voltou para sua casa e está tudo bem, nada aconteceu,
eu espero que esses vereadores reflitam e vejam que erraram, para que possamos
fazer nova eleição”. Caros, essa é uma fala de prefeito em relação a vereadores
ou estamos vendo um patrão ou um pai ameaçando os subalternos. Olha que eu pensei
que já tinha visto muita coisa.
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