Escolhida por Flávio Dino
para comandar a Secretaria de Cultura, Ester Marques assume a pasta a
partir de 1º de janeiro com o desafio de garantir a valorização, o
reconhecimento, a promoção e a preservação da diversidade cultural do
Estado. Em entrevista na noite desta quinta-feira (04), a futura titular
da pasta explicou as principais medidas a serem implantadas no setor.
“Vamos
fazer um trabalho estruturante na cultura”, afirmou Ester Marques ao
falar sobre como será sua atuação enquanto secretária. Para ela, é
imprescindível uma política cultural que garanta autonomia aos grupos e
entidades culturais. “Esse é o papel do Estado: salvaguardar as
manifestações culturais, mas, sem interferências”, explicou.
De
acordo com a futura titular da pasta, a orientação do governador eleito
Flávio Dino é no sentido de construir uma gestão democrática, com
diálogo aberto com os grupos e entidades culturais, costurando uma
estrutura de valorização permanente da tradição cultural do Maranhão e
garantindo que as manifestações culturais estejam em consonância com as
pautas sociais.
“O
governador eleito orientou a secretaria a fazer itinerância, de modo a
valorizar os atores sociais e ampliar o acesso à cultura”, relatou. E,
continuou, “o papel do Estado é promover políticas específicas de
proteção, expressão e apoio, e é o que faremos”.
Para
cumprir o Programa de Governo apresentado por Flávio Dino, Ester
acredita ser fundamental reestruturar os Ponto de Cultura do Estado, mas
também qualificar os atores culturais num centro de formação permanente
e resgatar a tradição erudita do Maranhão.
Ester
garantiu ainda que o conjunto de ações que estão previstas para a
secretaria vai além do apoio à produção cultural e envolve também a
valorização, por exemplo, dos mestres da cultura popular e dos
tradicionais centros e grupos que se concentram em São Luís, mas,
sobretudo, no interior do Estado.
“Existe
um Bumba-Boi lindo em Viana rico em estética, em musicalidade, em
tradição e que quase ninguém conhece porque ele só está lá. Além disso,
algumas cidades da Baixada Maranhense estão resgatando manifestações
culturais que já estavam esquecidas. E é isso que nós queremos
valorizar. Queremos que esses grupos saiam da invisibilidade”, concluiu.
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