As autoridades sauditas proibiram que médicos homens examinem cadáveres de mulheres, após um pedido feito pelo mufti Abdelaziz al Sheikh, a máxima autoridade religiosa do país, informou neste domingo o jornal local "Okaz".
Segundo o subsecretário do Ministério da Saúde, o médico Abdelaziz Mohammed al Hamidi, seu departamento recebeu a mensagem do clérigo e determinou seu cumprimento em todo o país.
Em sua mensagem, o religioso defendeu a necessidade de que os corpos nus de mulheres mortas nos hospitais sejam examinados apenas por médicas.
Para o xeque, "a inviolabilidade do corpo de um muçulmano morto é como a do vivo", por isso seria pecado que um homem visse uma mulher, embora morta, nua.
O pedido de Sheikh responde a várias queixas sobre médicos homens que examinaram corpos femininos em hospitais para investigar as causas de sua morte.
A mesma situação ocorre com os médicos legistas que realizam autópsias de mulheres para esclarecer crimes e veem partes íntimas do corpo feminino, criticou o mufti.
A Arábia Saudita é regida por uma rígida interpretação da lei islâmica (sharia), que impõe a segregação de sexos em espaços públicos e restrições às mulheres, que cobrem seu rosto com um "niqab" (véu que deixa apenas os olhos de fora).
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