A candidata
do PSB à Presidência,Marina Silva,
disse na manhã desta terça-feira (9) que a adversária do PT, presidente Dilma Rousseff ,
trocou cargos na Petrobraspelo
tempo de TV de seus partidos aliados. A declaração foi dada em um discurso na
Praça da Estação, no centro de Belo
Horizonte, onde dezenas de militantes acompanharam a fala da
presidenciável do PSB.
Segundo
Marina, os 11 minutos a que a presidente tem direito no horário eleitoral se
devem a parcerias com os senadores José Sarney (PMDB-AP), Fernando Collor (PTB-AL), Renan Calheiros
(PMDB-AL) e com o deputado Paulo Maluf (PP-SP).
"A
Dilma tem 11 minutos na televisão em troca de cargos para destruir a Petrobras
como acontece agora, com a corrupção", atacou Marina na capital mineira. A
candidata se referiu a um suposto
esquema de pagamento de propina a política por contratos fechados com a estatal.
O caso foi denunciado pela revista "Veja", a partir do depoimento do
ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal na Operação
Lava-Jato.
A
ex-senadora ainda criticou a campanha deAécio Neves,
candidato à Presidência peloPSDB,
dizendo que ele tem cinco minutos de campanha e que, se vencer a eleição, ele
vai atribuir a vitória a uma campanha com dinheiro e estrutura.
Sobre
propostas, a ex-senadora reiterou que vai manter projetos que deram certo no
atual governo, como Bolsa Família, mas que vai corrigir erros que ainda existem
nos programas. A candidata disse ainda que pretende implantar a escola integral
dentro do programa Bolsa Educação, garantir o passe livre a estudantes e alocar
10% da arrecadação bruta do país na educação.
Em junho
deste ano, a presidente Dilma
Rousseff sancionou o Plano Nacional da Educação (PNE), que prevê o
investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação em um prazo
máximo de 10 anos. O plano ainda prevê a erradicação do analfabetismo e
universalização da educação infantil (crianças de 4 e 5 anos), do ensino
fundamental (6 a 14 anos) e do ensino médio (15 a 17 anos).
Suposto
esquema de corrupção na Petrobras
Em depoimento ao Ministério Público, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto
Costa delatou que havia pagamento de propina a políticos em contratos fechados
pela estatal. Reportagem da revista "Veja" desta semana disse que,
nos depoimentos, Costa afirmou que estão envolvidos no suposto esquema três
governadores, seis senadores, um ministro e pelo menos 25 deputados federais.
Costa foi
preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que investiga esquema
bilionário de lavagem de dinheiro em todo o país. Ele fez acordo de delação
premiada com a Polícia Federal e tem prestado depoimentos sobre os supostos
casos de corrupção na Petrobras.
A
Superintendência da Polícia Federal no Paraná abriu
uma investigação para apurar o suposto vazamento do depoimento do
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre um suposto esquema de propina
na estatal. O inquérito foi aberto no sábado (6), após a publicação das
primeiras reportagens sobre a suspeita de envolvimento de políticos no caso.
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