O deputado Simplício Araújo (SD-MA) apresentou
requerimento aos ministros da Pesca, Eduardo Lopes; e do Trabalho,
Manoel Dias; solicitando informações sobre a atual situação do seguro
defeso no estado do Maranhão, apontando a quantidade de pescadores
beneficiados por município. O parlamentar quer saber ainda como está a
situação do seguro desde sua criação no Maranhão, e em outros estados
brasileiros.
O
seguro defeso é uma assistência financeira temporária concedida ao
pescador profissional que exerça sua atividade de forma artesanal. O
benefício serve para os pescadores que trabalham individualmente ou em
regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de
parceiros, e que esteja com suas atividades paralisadas no período de
defeso. O pescador receberá o número de parcelas equivalente aos meses
de duração do defeso, conforme portaria fixada pelo Ibama. O valor de
cada parcela é de um salário mínimo.
Para
receber o seguro defeso é preciso ter a carteira. Mas, na hora de fazer
o documento, ninguém é obrigado a apresentar provas de que é pescador.
Hoje, há mais de um milhão de pescadores registrados no país. De cada
dez pessoas que pediram o seguro, nove conseguiram o benefício.
Conforme
lembrou Simplício, o Ministério Público e a Polícia Federal vem
investigando suspeitas de irregularidades na emissão da carteira de
pescador. O documento dá acesso a benefícios no ministério da Pesca. Ter
a carteira de pescador muda a vida de muita gente, especialmente em
regiões pobres do país, como a de muitos municípios no Maranhão. Dados
do próprio ministério mostram que três meses antes da eleição – de
agosto a outubro – foram emitidas mais carteiras no Maranhão do que nos
sete primeiros meses do ano, o que levou a Polícia Federal a abrir 14
inquéritos só no Maranhão para apurar as denúncias.
“Em
decorrência dessas questões considero imprescindível que o Congresso
Nacional acompanhe os atos do governo federal, especificamente quanto à
situação do seguro defeso e seus impactos na economia nacional.”
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