A
superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Secretaria de
Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), Janaina Dantas,
mestranda em Recursos Aquáticos e Pesca da Universidade Estadual do
Maranhão (Uema), apresenta na 11ª Conferência Internacional de Métodos
Computacionais em Ciências e Engenharia (ICCMSE), realizado em
Atenas/Grécia, os resultados da pesquisa “Biomarcadores Morfológicos em
Prochilodus lineatus (Characiformes, Prochilodontidae) para Avaliação de
Impacto Ambiental na Região da Baixada Maranhense”.
De
acordo com o secretário da Sema, Marcelo Coelho, a participação do
Maranhão neste evento é de grande importância para a secretaria, pois
serão apresentados resultados de pesquisas originais de alta qualidade
sobre biomarcadores de contaminação aquática em peixes na Área de
Proteção Ambiental da Baixada Maranhense e na Área de Proteção Ambiental
do Maracanã. “Será uma excelente ferramenta de divulgação da qualidade
das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas pela Instituição, promovendo a
Sema no cenário internacional”, disse o secretário.
O
estudo apresentado em Atenas/Grécia teve a finalidade de identificar os
tipos de lesões histopatológicas encontradas em brânquias de peixes da
espécie P. lineatus da região da Baixada Maranhense, a fim de monitorar o
ambiente aquático.
Os
peixes coletados no Rio Mearim (Área de Proteção Ambiental da Baixada
Maranhense) apresentaram alterações morfológicas nas brânquias, podendo
representar estratégias adaptativas para conservação de algumas funções
biológicas quando o animal está frente a mudanças na qualidade da água.
Segundo o estudo, as várias alterações morfológicas diagnosticadas nos
peixes sugerem uma saúde comprometida e sérias consequências biológicas
da exposição desses organismos aos poluentes. Foram identificadas
alterações leves, moderadas e severas, que expressam uma resposta do
organismo a poluentes.
Janaina
Dantas informou que estudos com peixes podem ser usados para
monitoramento ambiental aquático. “Os peixes são considerados
bioindicadores da qualidade da água, logo, se a água apresentar algum
tipo de xenobionte, será refletido nos órgãos dos organismos aquáticos.
No caso dos peixes, as brânquias são os órgãos mais sensíveis a esse
tipo de alteração na qualidade da água”, frisou Janaína Dantas.
Durante
a conferência de Atenas-Grécia, os cientistas presentes ao encontro, se
utilizarão de modelagem e de métodos computacionais aplicados a
diversos aspectos experimentais, tais como biomarcadores utilizados para
monitorar a qualidade dos ecossistemas.
Fonte: Sema Texto: João Ubaldo de Moraes
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