De O
Estado
A
vice-prefeita de Bom Jardim, Malrinete Gralhada (PMDB), revelou ontem, em entrevista
exclusiva à O Estado, que, em virtude do rompimento político com a prefeita
Lidiane Rocha – considerada foragida pela Polícia Federal desde quinta-feira da
semana passada, 20 – está proibida de entrar na sede da Prefeitura Municipal.
Malrinete Gralhada vice-prefeita de Bom Jardim. |
Com o sumiço
da prefeita, a peemedebista pode ser convocada pela Câmara Municipal para
assumir o cargo a partir de domingo, 30, segundo a Lei Orgânica do Município
(LOM) e já anunciou que determinará a realização de uma auditoria nas contas
municipais.
“Eu sou
filha de Bom Jardim então a gente acaba tendo uma visão do todo. Agora, nunca
tive acesso à Prefeitura. Eu sou proibida de entrar na Prefeitura. Não sei em
que pé que está. Quando assumirmos, colocaremos uma equipe de auditoria”,
declarou.
Segundo
Gralhada, a última vez que ela e a prefeita Lidiane Leite se encontraram foi no
dia da posse da chapa vencedora das eleições de 2012, em 1° de janeiro de 2013.
“A última
vez que nós nos encontramos foi no dia 1º de janeiro de 2013, na Câmara, para
sermos empossadas. E nunca mais eu a vi. Só nas redes sociais”, completou.
A
vice-prefeita diz que, logo após o rompimento começou “um desmantelo” na
cidade. “Instalou-se um caos”, relatou.
Saúde e
Educação, aponta, são as áreas mais críticas. “Sem escola, sem aula, sem
merenda e o que chamou atenção é que a prefeita estava era nas redes sociais,
ostentando. E as comunidades vendo que, se estava sobrando dinheiro, onde
estava a merenda escolar das crianças?”, criticou.
“Na Saúde,
nós temos notícias de equipes do PSF [Programa Saúde da Família] que existem só
no papel. O dinheiro é pago, não se sabe para quem, mas as equipes não estão
atuando nas comunidades”, denunciou.
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