O número de negros assassinados no Brasil é duas vezes maior do que o de brancos, apesar de cada grupo representar cerca de metade da população do país.
A constatação é de um levantamento feito pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS) referentes a 2006 e 2007.
Nesses dois anos, 59.896 negros foram assassinados. Entre os brancos, o número foi de 29.892. A diferença entre o número de homicídios de negros e brancos é maior entre as crianças e jovens de 10 a 24 anos. Entre os maiores de 40 anos, o número de homicídios é quase o mesmo nos dois grupos.
Segundo o coordenador do laboratório, Marcelo Paixão, os números mostram que os negros estão sujeitos a uma exposição maior de risco que os brancos, em várias partes do país. “Isso é determinado por razões que são sociais, ou seja, pelo modo de inserção das pessoas no interior da sociedade, e que fazem com que elas tenham maiores probabilidades de virem a sofrer um atentado violento contra suas vidas ao longo de seu ciclo de vida”, explicou.
Um dos fatores sociais que poderia explicar esse risco maior é o local de moradia, já que muitos negros moram em áreas mais violentas, como as favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo ou de Pernambuco.
Além disso, de acordo com Paixão, há pesquisas que mostram que a letalidade policial - a morte provocada por policiais - é maior entre os negros do que entre os brancos. Um terceiro fator seria a baixa autoestima da juventude negra que vive em áreas pobres e que não vê escolhas para a sua vida, e que, por isso, teria mais probabilidades de se envolver em situações de risco.
A maior desigualdade entre homicídios de brancos e negros é encontrada na Região Nordeste. Enquanto a relação populacional da região é de 2,4 negros para cada branco, a relação de mortes é de dez negros para cada branco.
Já a Região Sul é a única do país onde essa tendência não é sentida, visto que a relação populacional e a relação de homicídios por cor é igual: 0,2 negro para cada branco.
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A constatação é de um levantamento feito pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS) referentes a 2006 e 2007.
Nesses dois anos, 59.896 negros foram assassinados. Entre os brancos, o número foi de 29.892. A diferença entre o número de homicídios de negros e brancos é maior entre as crianças e jovens de 10 a 24 anos. Entre os maiores de 40 anos, o número de homicídios é quase o mesmo nos dois grupos.
Segundo o coordenador do laboratório, Marcelo Paixão, os números mostram que os negros estão sujeitos a uma exposição maior de risco que os brancos, em várias partes do país. “Isso é determinado por razões que são sociais, ou seja, pelo modo de inserção das pessoas no interior da sociedade, e que fazem com que elas tenham maiores probabilidades de virem a sofrer um atentado violento contra suas vidas ao longo de seu ciclo de vida”, explicou.
Um dos fatores sociais que poderia explicar esse risco maior é o local de moradia, já que muitos negros moram em áreas mais violentas, como as favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo ou de Pernambuco.
Além disso, de acordo com Paixão, há pesquisas que mostram que a letalidade policial - a morte provocada por policiais - é maior entre os negros do que entre os brancos. Um terceiro fator seria a baixa autoestima da juventude negra que vive em áreas pobres e que não vê escolhas para a sua vida, e que, por isso, teria mais probabilidades de se envolver em situações de risco.
A maior desigualdade entre homicídios de brancos e negros é encontrada na Região Nordeste. Enquanto a relação populacional da região é de 2,4 negros para cada branco, a relação de mortes é de dez negros para cada branco.
Já a Região Sul é a única do país onde essa tendência não é sentida, visto que a relação populacional e a relação de homicídios por cor é igual: 0,2 negro para cada branco.
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