Neste 8 de agosto comemoraria 100 anos o grande político maranhense Henrique de La Rocque Almeida. Natural de São Luís, cursou o ginásio na Bahia, no mesmo Colégio Antônio Vieira em que estudou Jorge Amado, que homenageamos esta semana. Depois cursa, já no Rio de Janeiro, a Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, atualmente UFRJ.Muito moço, aprovado em concurso, torna-se técnico do Ministério da Fazenda. Chefia o Departamento da Câmara de Reajustamento Econômico. Em 1951 foi nomeado presidente do Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários – IAPC. Aí faz uma excelente administração.
Nessa época começa a participar da política maranhense, se reunindo com líderes da oposição na tentativa de encontrar uma solução para a crise da eleição de Eugênio de Barros a governador, em 1951.
Em 1953 falece o grande líder maranhense Clodomir Cardoso, abrindo vaga no Senado Federal, pois seu suplente renunciara ao cargo. Getúlio Vargas, com intermediação de Tancredo Neves, indica La Rocque para a vaga. Mas Vitorino Freire, que não aceita suas ligações com as Oposições Coligadas, e lança contra ele a candidatura de Carvalho Guimarães, tradicional político maranhense do Partido Libertador.
No ano seguinte La Rocque se elege à Câmara dos Deputados pelo PTB. Mas em 1958 Clodomir Millet e Neiva Moreira o convidam para concorrer pelo PSP, o partido de Ademar de Barros, por onde renova o mandato também em 1962. Em 1966 é eleito pela Arena. Ele já fora Segundo-Secretário na 42ª Legislatura, torna-se Primeiro-Secretário da Mesa da Câmara. Em 1970 elege-se mais uma vez.
Em 1974 eu o apoiei na eleição para Senado. Aqui permaneceu até 1980, quando foi escolhido para Ministro do Tribunal de Contas da União. Infelizmente pouco exerceu o cargo, que significava para ele uma independência financeira, pois era homem pobre, que pouco tinha de seu, pois faleceu em 1982.
Henrique de La Rocque foi sempre um homem de grande inteligência, mas muito discreto, amável, de excelente convívio. Era muito querido da população de São Luís, que sempre lhe deu excelentes votações. Homem de grande integridade, de comportamento exemplar, foi uma referência constante na vida política do Maranhão durante três décadas.
É com grande amizade que celebro hoje sua memória, nesta data em que faria cem anos. Memória de um homem voltado para o bem e o amor ao próximo, memória de um grande maranhense.
Relembro seu centenário como uma data marcante na história dos grandes políticos maranhenses, entre os quais ocupa lugar de destaque.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado Federal
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