A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) iniciou neste domingo (22) a operação de embarque de uma carga com 5 mil bois vivos pelo Porto do Itaqui, com destino à Venezuela. A Emap está realizando a operação de acordo com a portaria (268/2015), que regulamenta as Normas de Atracação no Porto do Itaqui.
Como porto público, o Itaqui atende as demandas necessárias à movimentação da economia na região de sua influência. A exportação de gado vivo vinha sendo realizada pelo Porto da Vila do Conde, no Pará, que em razão de acidente ocorrido em outubro, teve esse tipo de operação suspensa até que a carga perdida e o navio sejam retirados e reestabelecidas as condições operacionais daquele porto.
A Emap, na qualidade de Autoridade Portuária, tem a responsabilidade de controlar a entrada e o embarque da carga, garantindo o cumprimento dos requisitos operacionais, de segurança, meio ambiente, legais, fiscais e aduaneiros da operação. Para esta operação foi disponibilizado o Berço 100.
“É uma carga nova, que tem um tratamento diferenciado. Nosso papel é assegurar que tudo seja feito em acordo com as normas de segurança, atentos à produtividade para que não tenhamos impacto nas outras cargas, e nós, estamos avaliando juntamente com outros órgãos do governo para organizar a cadeia dentro do próprio estado para que a gente possa beneficiar o produtor e pecuarista local”, disse o presidente da Emap, Ted Lago.
Este primeiro embarque de carga viva será avaliado para que, posteriormente, o Porto do Itaqui possa planejar ações em conjunto com demais órgãos e secretarias do Governo do Estado, abrindo nova possibilidade de exportação para o produtor maranhense. A janela de atracação para esta primeira operação prevê quatro dias de operação, com desatracação marcada para a quarta-feira (25).
Para o secretário Simplício Araújo, as exportações de gado em pé são um nicho de mercado que deve ser debatido pelo Governo junto aos produtores. A exportação de gado em pé, segundo ele, além de ser uma alternativa de venda, agrega valor para o pecuarista.
“A exportação de gado vivo gera empregos para os fornecedores subordinados e de serviços como agentes de gado; operadores de transporte e estivadores. Também beneficia os pecuaristas, trabalhadores rurais, operadores de pastagem e forragem; fornecedores de produtos químicos; veterinários; vendedores; criadores e operadores portuários”, afirmou.
A mesma opinião foi compartilhada pelo secretário de Estado da agricultura e pecuária. Segundo ele, “a exportação de boi vivo via Porto do Itaqui representa mais uma oportunidade de negócios para o Maranhão. Estamos investindo na cadeia produtiva da carne e do couro para que possamos valorizar nossos produtos e nossos criadores. O embarque experimental que está sendo realizado só reforça esse desejo e compromisso do Governo do Estado com o produtor maranhense”, finalizou Márcio Honaiser.
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