Ricardo Murad agia com mão de ferro para defender a operacionalização do esquema que desviou, entre os anos de 2010 e 2013, R$ 1,2 bilhão dos recursos federais destinados à saúde pública do Maranhão.
Ex secretário de estado da Saúde Ricardo Murad. |
Funcionários da secretaria de estado que ele comandava durante o governo Roseana Sarney disseram em depoimentos à Controladoria Geral de União que eram ameaçados de demissão caso não assinassem documentos permitindo o devido pagamento de serviços e obras que não eram realizados.
Um exemplo pôde ser constatado pela Polícia Federal nos pagamentos da Tempo Engenharia, empresa ligada à Rômulo Trovão, sobrinho de Ricardo Murad, por obras de manutenção superfaturadas e não realizadas no Hospital de Urgência e Emergência de Presidente Dutra.
Todas as notas fiscais investigadas sobre a firma que possuía relações consanguíneas com os Murad foram atestadas por profissionais (engenheiros, administradores, etc.) lotados na sede da Secretaria de Estado da Saúde, sem nunca terem colocado os pés em Presidente Dutra, distante 350 Km de São Luís.
Adilamar Nunes Pinheiro Adler Freitas afirmou em seu depoimento que se sentia coagiada a atestar as notas da Tempo Engenharia sem se deslocar aos hospitais em outros municípios, porque o seu chefe imediato, Antônio Belo, superintendente de engenharia da SES-MA, afirmava que era um pedido do próprio secretário de saúde, Ricardo Murad, e que ele demitia quem assim não o fizesse.
Rômulo Trovão: sobrinho na engenharia da corrupção
A Tempo Engenharia foi considerada pela PF “apenas uma fachada para desvio escandaloso de recursos públicos destinados à saúde”. Ela recebeu do ICN e Bem Viver R$ 10.660,004, entre os anos de 2010 a 2013, e foi uma das financiadoras de candidatos ligados diretamente ao ex-secretário Murad, inclusive seu genro, deputado Sousa Neto, esposa, prefeita de Coroatá, Teresa Murad, e filha, a deputada Andréa Murad.
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