A Polícia
Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira 24, em ação conjunta com o
Ministério do Trabalho e Previdência Social e Ministério Público Federal,
órgãos que integram a Força-Tarefa Previdenciária, a Operação Quilópode, nas
cidades maranhenses de Caxias, Codó, São Luis, Vargem Grande, Presidente Dutra,
Barreirinhas e Paço do Lumiar, e em Teresina, no Piauí, com a finalidade
de reprimir crimes previdenciários.
A palavra
Quilópode é de origem grega, e significa “aquela que tem mil patas”, em alusão ao
esquema criminoso que apresentou grande ramificação e envolvimento de órgãos
públicos federais e instituições financeiras.
As
investigações, iniciadas no ano de 2012, levaram à identificação de um esquema
criminoso no qual eram falsificados documentos públicos para fins de concessão
de benefícios de Amparo Social ao Idoso, cujos titulares eram pessoas fictícias
criadas pela associação criminosa para possibilitar a fraude.
A
organização criminosa atuava desde 2010 e contava, ainda, com a participação de
um servidor do INSS responsável pela concessão e atualização dos benefícios,
além de funcionários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios,
que atuavam na abertura de contas correntes, na realização de prova de vida, na
renovação de senhas bancárias e na efetivação de empréstimos consignados. O
prejuízo inicialmente identificado é de quase 11 milhões de reais,
considerando-se os valores pagos a benefícios cujas contas bancárias
encontram-se sediadas em cidades que integram a circunscrição da Delegacia de
Polícia Federal em Caxias.
Participam
da Operação Quilópode 100 policiais federais e cinco servidores da
Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos (APEGR),
vinculada ao Ministério da Previdência Social. Estão sendo cumpridos 10
mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão e
cinco mandados de condução coercitiva, além do sequestro e arresto de bens
e valores. Dentre os mandados judiciais consta, ainda, a determinação para que
o INSS suspenda o pagamento de 288 benefícios assistenciais com graves indícios
de fraude, submetendo-os a procedimento de auditoria.
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