Deu no blog Marrapa
Quem acompanhou o lamentável episódio protagonizado pela prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, no último sábado, em visita do governador Flávio Dino ao município, achou estranha a forma como a gestora agiu, batendo o pé e, de maneira coronelista, querendo descumprir o acordo firmado de que ninguém da cidade falaria para não politizar o evento.
Adepta da política do “eu quero, eu posso, eu mando”, a “educação” de Maura Jorge vem de berço. Filha de Waldir Jorge, falecido no início deste ano, nasceu aprendendo os ensinamentos do pai e da mãe, Raimundinha, de que Lago da Pedra era a cidade deles. Ali mandavam, desmandavam, elegeram parentes prefeitos, deputados, vereadores, faziam o que queriam.
E tinham guarida dos Sarneys, talvez pela semelhança oligárquica de governar seus respectivos redutos. Prova disso é a postura da imprensa sarneysista e a manifestação de apoio dos aliados de primeira hora da ex-governadora.
Incomodada com o fato de ter sido contrariada pela forma democrática com que o governador Flávio Dino trata a política, a prefeita perdeu a compostura e provou, ao subir em um trio elétrico, a maneira baixa com que a família Jorge fez política a vida toda em Lago da Pedra.
Assim como sua amiga Roseana, Maura é apenas filhote de uma política ultrapassada e que está deixando de existir no Maranhão. Só que essa mudança é lenta e complicada. Mas o fato do povo maranhense ter dado o primeiro resultado nas urnas, já demonstra que o sistema oligárquico de governar está com os dias contados. Principalmente em Lago da Pedra. Talvez tenha vindo daí o desespero da prefeita.
Vendo a oposição se organizar e crescer nas pesquisas, e sem um candidato forte o suficiente para dar continuidade ao projeto de perpetuação de poder dos Jorge, Maura viu na situação uma oportunidade ideal de se aproveitar das obras do Governo para fazer palanque para sua desastrosa administração.
Se deu mal…
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