O
Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES),
inovou no combate à Hanseníase com ações voltadas para a busca ativa e
diagnóstico precoce da doença. Prioridade na pasta da saúde pelos
números de casos notificados no Estado, a população ganhou a partir do
governo Flávio Dino uma importante aliada: a Carreta da Hanseníase.
O
projeto é do grupo farmacêutico Novartis, desenvolvido em um esforço
conjunto com o Ministério da Saúde (MS), Secretarias Estaduais de Saúde,
Secretarias Municipais de Saúde e do Conselho Nacional de Secretarias
de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de
Saúde (Conasems).
Desde
2009 ele é executado no Brasil como um centro de saúde móvel atendido
por um grupo multidisciplinar de profissionais de saúde locais que
viajam para as regiões do país mais afetadas pela doença e prestam os
seus serviços.
A carreta é composta por cinco consultórios e um laboratório para diagnóstico e faz distribuição gratuita de medicamentos.
Por sua expressividade, o Governo do Estado solicitou ao Ministério da
Saúde os serviços da Carreta, que passou a ter um programa de atuação
nos municípios maranhenses.
O
trabalho da Carreta da Hanseníase no Maranhão foi divido em dois
roteiros, até agora. O segundo ciclo de atendimentos começa nesta
terça-feira (26), que será realizado até o dia 08 de julho. Nesta
segunda fase, 37 municípios receberão a Carreta da Hanseníase.
O
primeiro roteiro da Carreta teve início no dia 16 de fevereiro em São
Luís, e foi finalizado no dia 19 de abril no município de Fernando
Falcão. Nesse primeiro ciclo, foram realizados 4.030 atendimentos em 25
municípios do Estado. Ao todo 107 novos casos foram diagnosticados e 63
casos suspeitos estão em investigação pelas equipes de Atenção Básica
dessas localidades.
Para
o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, prevenir, diagnosticar
e tratar a Hanseníase é prioridade na gestão de saúde do governador
Flávio Dino. “Esta ação pioneira aqui no Maranhão, de trazer a carreta,
só foi possível graças à sensibilidade e esforço do governador Flávio
Dino. Nosso estado está há mais de 15 anos no ranking de maior
incidência de casos da doença no país. Mas esse é apenas o começo para
mudarmos a situação, além de trazer a carreta, o estado investe
fortemente na busca ativa destes pacientes. Estamos bem próximos de
sairmos desta estatística”, explicou o secretário.
De
13 a 15 de abril, a Carreta da Hanseníase esteve na cidade de Barra do
Corda. A coordenadora municipal do Programa da Hanseníase, Cristiana
Marcelino da Silva, trabalha no programa há 15 anos e, segundo ela,
atualmente é possível ver os resultados das ações de saúde realizadas em
parceria com o estado.
“Temos
visto as ações inovadoras que o estado está realizando e é possível
observar o olhar de atenção para a população maranhense. Esta é a
primeira vez em 15 anos que vejo iniciativas como essa da Carreta aqui
em nossa cidade. Em três dias foram 200 atendimentos com três casos
confirmados. A população se demonstrou satisfeita em poder contar com o
serviço”, garantiu a coordenadora.
A
auxiliar de cozinha Maria Auxiliadora, de 36 anos, que foi atendida na
Carreta da Hanseníase nesse primeiro roteiro, contou como ficou sabendo
do serviço e como foi o atendimento. “Soube
que poderia fazer os exames na carreta pela internet, minha sobrinha
viu em uma rede social e me avisou. Vim porque faz tempo que observo
algumas manchas. Fico feliz por hoje ter dado certo e soube que não é a
doença. Está tudo bem”, explicou Maria Auxiliadora.
Raimunda
Mendonça, coordenadora Estadual do Programa da Hanseníase, explicou o
interesse do estado em trazer a Carreta para o Maranhão. “Sabemos da
importância de interromper o ciclo de contágio dessa doença, e isso só é
possível com a iniciação do tratamento. A Carreta é uma importante
estratégia de mobilizar e ampliar os atendimentos. A população adere ao
apelo visual da Carreta, as equipes locais prestam esses atendimentos e
os resultados são as notificações de novos casos com a iniciação do
tratamento”, disse.
Ainda
segundo a coordenadora, a rotina normal de atendimentos não possibilita
a mesma quantidade de exames e notificação. “Por vezes, nem mesmo
aqueles que possuem suspeita da doença procuram a unidade básica de
saúde. E as ações de busca ativa não têm suporte para alcançar esse
mesmo quantitativo de atendimento. A carreta chama atenção e é um meio
mais fácil da própria população ir em busca do serviço de saúde”,
completou a coordenadora Raimunda Mendonça.
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