Um
mês após a edição da Medida Provisória nº 219/16, que premia policiais
civis e militares pela apreensão de armas de fogo, a Polícia Militar do
Maranhão (PMMA) computou a apreensão de 145 armas de fogo no estado,
dentre as quais 70 apenas na capital. Anunciada pelo governador Flávio
Dino, a MP integra o plano de ação do Pacto pela Paz e já ecoa entre as
forças policiais do Maranhão como reconhecimento ao trabalho
desenvolvido e colabora para o aumento da produtividade e dos
resultados.
“Por
uma medida do nosso governo os policiais militares e civis que
conseguirem apreender armas de fogo estão recebendo um prêmio, uma
gratificação. Entregamos os primeiros prêmios para os policiais civis e
militares que participaram de ocorrências, inclusive, muito importantes,
a exemplo dos policiais civis que foram responsáveis pela apreensão de
fuzis que foram usados em um grave assalto que houve na cidade de Santa
Luzia. Todos os assaltantes foram presos e as armas que foram usadas
foram apreendidas pelos policiais e nós, por isso, reconhecemos em nome
de toda a sociedade o trabalho desses policiais”, explica o governador
Flávio Dino.
De
acordo com o comandante geral da Polícia Militar do Maranhão, coronel
Frederico Pereira, o reforço pecuniário, o tratamento respeitoso e
humano, refletem no resultado final do trabalho, que é a redução dos
índices de criminalidade. “O efeito principal dessa medida não é nem o
fato de o policial receber o dinheiro, mas a atenção que o Governo do
Estado está dando à segurança pública. À medida que o governador se
preocupa em incentivar o policial desta maneira, é um sinal claro do
carinho que ele tem por esse setor, sem desmerecer os demais. Também é
importante o policial poder acrescentar ao seu orçamento um prêmio em
dinheiro que vai ajudá-lo. A medida foi muito bem aceita e festejada
pelo público; os policiais estão mais imbuídos ainda, porque eles já são
policiais compromissados”, relata o comandante da PMMA.
Para
ele, o trabalho de retirada de circulação de armas de fogo é valoroso
no contexto de mitigação do comportamento criminoso. “Quando você tira
uma arma de circulação, você evita uma série de crimes – roubos,
homicídios, estupros. Temos apreendido muitas armas de fogo, o que
enfraquece os ladrões, que vão ter ‘problema’ para prática de assaltos
de mãos limpas”, exemplifica o coronel Pereira.
Pela
medida, armas de fogo apreendidas em flagrante valem uma premiação com
valor variável entre R$ 300 e R$ 1.500, a depender do calibre da arma e
das circunstâncias em que foi apreendida. A apreensão de um revólver,
por exemplo, recebe premiação de R$ 300; a de uma pistola, de R$ 500 e a
de um fuzil, R$ 1500. Uma premiação anual aos três policiais que mais
apreenderem armas de fogo também é oferecida/; eles serão contemplados
com R$ 20 mil cada na aferição de rendimento ao final do ano.
Tropa motivada
O
comandante aponta que um conjunto de ações de valorização promovidas
pela gestão estadual tem permitido um fôlego novo à tropa, garantindo
esperança e um clima organizacional favorável e sadio. “Quando os
colaboradores de uma empresa estão satisfeitos, eles levam isso para
fora, tendo mais paciência e tranquilidade no atendimento. Aqui funciona
de modo semelhante, mas considerando a hierarquia militar. O lucro da
polícia é a redução da criminalidade e a satisfação do cidadão, que é o
nosso cliente”, compara o coronel Pereira. Segundo ele, a MP também
estimula uma competitividade saudável entre os batalhões.
O
sargento Josinaldo Ribeiro Lopes, que comanda a equipe Albatroz do 8º
Batalhão da PMMA, cita a metodologia utilizada por eles para a eficácia
nas ações. “Nossa prioridade é cobrir a área Cohab/Cohatrac, área
comercial extensa com alto índice de roubo a pessoa, a veículos e
assaltos a estabelecimentos comerciais. No ano passado, apreendemos 108
armas de fogo. Devido à facilidade do deslocamento da moto, temos muito
êxito com o fator surpresa e também devido aos meliantes utilizarem esse
veículo no horário de pico para facilitar a fuga. A medida do Governo
veio em momento oportuno, valorizando o serviço do policial na rua”,
afirma o sargento.
A
tenente Sâmara Jovita de Souza considera a iniciativa um ganho em
motivação para os policiais, que, para ela, tem desempenhado o papel
social com afinco. “Somos profissionais, fazemos a nossa parte, porque o
nosso serviço é esse: prender os criminosos e combater a criminalidade.
Mas a iniciativa do governador de fazer essa gratificação é mais uma
forma de reconhecimento para nós e isso estimula, para que a gente
produza mais, dê mais de si e se esforce cada vez mais”, garante Sâmara.
Ela
conta que, na última apreensão de armas de sua guarnição, a equipe
buscava capturar um acusado de latrocínio no bairro do São Raimundo.
“Estávamos à procura de um indivíduo que estava realizando vários
assaltos no São Raimundo e também é suspeito de ter cometido um
latrocínio na área de um senhor que estava com as netas, tentou reagir
ao assalto, foi baleado e veio a óbito. Fomos patrulhando por lá,
recebendo algumas informações de onde o meliante poderia estar até que
realizamos um cerco e conseguimos capturá-lo e, com ele, estava uma arma
de fogo calibre 38 com duas munições”, narra a tenente.
O
comandante do GTM do 1º Batalhão da Polícia Militar – batalhão campeão
na apreensão de armas em abril, com 16 armas retidas -, subtenente Lumes
de Moura Silva, tem 27 anos de Polícia Militar e corrobora com a
opinião de Sâmara. “O incentivo veio em boa hora. A gente trabalha
visando tirar armas de rua, drogas de circulação e elementos que cometem
delitos na sociedade. Com o apoio da população, através de denúncias,
temos conseguido bons resultados”, comentou. O GTM atua em bairros da
região Itaqui-Bacanga, no Maracanã e na Vila Maranhão.
Memória
No
último dia 20, o governador Flávio Dino reuniu a cúpula da segurança
pública e os doze primeiros policiais que lançaram mão da medida em uma
solenidade que homenageou o empenho no desarme de criminosos. Na
ocasião, Flávio entregou certificado aos agentes de segurança pública
pela ação, parte do Programa Estadual Pacto Pela Paz. Eles também serão
recompensados financeiramente pela apreensão das armas. O governador
destacou que a iniciativa representa um estímulo moral e material pela
eficiência, coragem e destemor dos policiais e funciona como um elemento
simbólico do novo momento vivido pela polícia maranhense.
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