Acatando a argumentação da maioria dos vereadores presentes, Catulé decidiu também transferir a audiência pública para a próxima segunda-feira (16).
Em razão da ausência da representação do Governo do Estado, nas pessoas do diretor regional de Saúde, Daniel Pereira Barros, e do diretor-geral do Hospital Macrorregional Dr. Everaldo Ferreira Aragão, Jeferson Coutinho, que justificaram ausência face a compromissos anteriormente assumidos, mesmo com a presença da secretária municipal de Saúde, Maria do Socorro C. Melo, no plenário da Câmara Municipal, no início da noite dessa quarta-feira (11), o presidente da Casa, vereador Catulé (PRB), decidiu suspender a audiência pública marcada para discussão sobre o funcionamento da Rede Municipal de Saúde de Caxias.
Acatando a argumentação da maioria dos vereadores presentes, Catulé decidiu também transferir a audiência pública para a próxima segunda-feira (16), às 17h30, quando mais uma vez os três representantes máximos do sistema serão convidados a prestarem informações e esclarecimentos de todo o trabalho que está sendo realizado para a população caxiense. Após ouvir os ofícios em que os dois representantes do Estado justificavam suas ausências, e as ponderações dos colegas pelo adiamento da audiência, o presidente afirmou: "A Casa do Povo fez a sua obrigação. A decisão de marcar a audiência foi feita aqui. E, como faltaram os dois representantes da Saúde do Estado, essa presidência emitirá novos convites para que possamos abordar o que o povo tanto espera, em relação ao atendimento na saúde de Caxias", declarou o vereador ao convidar todos os presentes para nova reunião, na noite da próxima segunda-feira.
Antes da decisão ser pronunciada, o presidente ouviu as palavras dos colegas de parlamento sugerindo que a audiência não se resumisse a uma exposição unilateral da secretária de Saúde do Município. Somente a autora da proposição da audiência, a vereadora Thaís Coutinho (PSB), líder da oposição, ficou satisfeita que a audiência acontecesse somente com a participação da secretária Maria do Socorro Melo. "Estou aqui para saber o que estão fazendo com a urgência e emergência do município, a saúde do município, pois estou satisfeita com o trabalho do Hospital Macrorregional. Aqui tem chegado muito dinheiro, 90 milhões de reais, e quero saber onde esse dinheiro está sendo aplicado", disse surpreendendo a todos, uma vez que foi a própria vereadora que sugeriu a presença do diretor regional de Saúde do Leste Maranhense e do diretor-geral do Hospital Macrorregional na reunião.
Mário Assunção (PPS) e Ximenes (PR) foram os primeiros vereadores que se manifestaram pelo adiamento da audiência. "Sem a presença de todos os representantes da saúde em Caxias, não tem cabimento fazer um encontro para termos apenas uma visão unilateral?, disse na oportunidade Assunção. "Nosso povo vive em um país onde o atendimento de saúde é avacalhado e só quem tem plano de saúde é melhor tratado. Temos em Caxias um hospital, como o Macrorregional, que é uma verdadeira caixa-preta. Ninguém sabe o que acontece por lá. Então, não tem sentido tratar-se de audiência sem todas as representações", ressaltou Ximenes.
Outro que se posicionou pelo adiamento da audiência foi Magno Magalhães (PSD), assim como o vereador Repórter Puliça (PRB). Mas foi o vereador Sargento Moisés (PSB), líder do governo, que fez a abordagem mais conveniente e a expressar o sentimento dos presentes: "Estou decepcionado com o que aconteceu nesta Casa, constatar o descrédito de certas pessoas com as coisas públicas. Nunca se tratou aqui de discutir apenas a urgência e a emergência que são realizadas pelo município. De forma geral, temos que abordar tudo, tanto a regulação como a forma de atendimento que acontece no Hospital Macrorregional, que é uma incógnita para nossa população. Lá dizem que as pessoas precisam de indicação política para ser atendidas. Assim, sem a participação dos três convidados, essa reunião perde a finalidade", ressaltou ao enfatizar um pedido de desculpas à secretária municipal de Saúde presente.
(Da assessoria)
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