COPENHAGUE, 16 Set 2011 (AFP) -Vitoriosa nas eleições legislativas, Helle Thorning-Schmidt,(foto) uma social-democrata, iniciou nesta sexta-feira os preparativos para formar o governo de centro-esquerda de uma aliança que estava há dez anos na oposição.
O atual primeiro-ministro, Lars Loekke Rasmussen, líder do bloco de direita, entregou sua carta de renúncia à rainha, que convocará Thorning-Schmidt para formar o novo governo.
Ela será a primeira mulher a governar o país na história do reino, e terá que enfrentar a crise econômica que a Dinamarca atravessa. Este foi o problema que dominou as campanhas legislativas.
O país evitou por pouco o retorno à recessão este ano. O crescimento registrado foi de apenas 1% no segundo trimestre.
Contrária à austeridade defendida pela direita, a coligação de esquerda prometeu estimular a economia por meio de despesas orçamentais. Ela espera injetar aproximadamente 18 bilhões de coroas dinamarquesas (2,41 bilhões de euros), financiadas por uma hora de trabalho adicional semanal.
Para o professor Joergen Albaek Jensen, da Universidade de Aarhus, a troca de governo não trará "grandes mudanças" porque, segundo ele, "os desafios continuam os mesmos" e "o orçamento precisa ficar equilibrado".
"O bloco de centro-esquerda é constituído por quatro partidos diferentes, cada um segue uma direção diferente", afirmou este professor de Direito Constitucional, e "eles vão precisar entrar em acordo".
A coligação "vai seguir uma política socialmente responsável, não dará muitas vantagens aos ricos, mas vai ajudar os pobres", acrescentou.
Helle Thorning-Schmidt disse nesta sexta-feira que dos quatro partidos da aliança, três serão chamados para integrar o governo: o Partido da Social-Democracia, os Socialistas e o Partido Social-Liberal. Os Vermelho-Verdes de extrema-esquerda não comporão o governo.
Segundo os resultados oficiais, a coligação de esquerda terá 92 das 179 cadeiras do Folketing contra 87 do bloco de direita do candidato Rasmussen, que rapidamente reconheceu sua derrota.
A imprensa dinamarquesa saudou o desempenho de Thorning-Schmidt como uma vitória para as mulheres.
"Vitória de uma mulher!", "A primeira", "A conquistadora", os grandes jornais se renderam a esta loira elegante, cujo gosto pelo luxo lhe rendeu o apelido de Gucci-Helle pelos opositores.
Aquela que é "muito bem vestida para os social-democratas, muito nova para ser líder de um Estado, muito fria para conquistar o coração das pessoas", vai se tornar a primeira mulher primeira-ministra do país, escreveu o jornal Politiken.
Mesmo com a perda de terreno de seu partido, que registrou seu pior resultado desde 1906, a vitória da centro-esquerda é fruto da capacidade de Thorning-Schmidt reunir em um mesmo bloco partidos tão diferentes como os Vermelho-Verdes de extrema-esquerda e os liberais centristas do Partido Social-Liberal, o que até o momento era impensável.
Esses dois partidos também são liderados por mulheres, e o jornal Informação saudou esta eleição como "a vitória das mulheres".
Todas as mulheres, contudo, não saíram vencedoras dessas legislativas. A formação populista de direita, o Partido do Povo Dinamarquês (Dansk Folkeparti, DF) da Pia Kjaersgaard perdeu três cadeiras, e agora terá 22 deputados.
"Nós entramos na oposição", disse após impor na última década a adoção pelo Parlamento de uma das legislações mais duras da Europa em termos de imigração e integração.
O atual primeiro-ministro, Lars Loekke Rasmussen, líder do bloco de direita, entregou sua carta de renúncia à rainha, que convocará Thorning-Schmidt para formar o novo governo.
Ela será a primeira mulher a governar o país na história do reino, e terá que enfrentar a crise econômica que a Dinamarca atravessa. Este foi o problema que dominou as campanhas legislativas.
O país evitou por pouco o retorno à recessão este ano. O crescimento registrado foi de apenas 1% no segundo trimestre.
Contrária à austeridade defendida pela direita, a coligação de esquerda prometeu estimular a economia por meio de despesas orçamentais. Ela espera injetar aproximadamente 18 bilhões de coroas dinamarquesas (2,41 bilhões de euros), financiadas por uma hora de trabalho adicional semanal.
Para o professor Joergen Albaek Jensen, da Universidade de Aarhus, a troca de governo não trará "grandes mudanças" porque, segundo ele, "os desafios continuam os mesmos" e "o orçamento precisa ficar equilibrado".
"O bloco de centro-esquerda é constituído por quatro partidos diferentes, cada um segue uma direção diferente", afirmou este professor de Direito Constitucional, e "eles vão precisar entrar em acordo".
A coligação "vai seguir uma política socialmente responsável, não dará muitas vantagens aos ricos, mas vai ajudar os pobres", acrescentou.
Helle Thorning-Schmidt disse nesta sexta-feira que dos quatro partidos da aliança, três serão chamados para integrar o governo: o Partido da Social-Democracia, os Socialistas e o Partido Social-Liberal. Os Vermelho-Verdes de extrema-esquerda não comporão o governo.
Segundo os resultados oficiais, a coligação de esquerda terá 92 das 179 cadeiras do Folketing contra 87 do bloco de direita do candidato Rasmussen, que rapidamente reconheceu sua derrota.
A imprensa dinamarquesa saudou o desempenho de Thorning-Schmidt como uma vitória para as mulheres.
"Vitória de uma mulher!", "A primeira", "A conquistadora", os grandes jornais se renderam a esta loira elegante, cujo gosto pelo luxo lhe rendeu o apelido de Gucci-Helle pelos opositores.
Aquela que é "muito bem vestida para os social-democratas, muito nova para ser líder de um Estado, muito fria para conquistar o coração das pessoas", vai se tornar a primeira mulher primeira-ministra do país, escreveu o jornal Politiken.
Mesmo com a perda de terreno de seu partido, que registrou seu pior resultado desde 1906, a vitória da centro-esquerda é fruto da capacidade de Thorning-Schmidt reunir em um mesmo bloco partidos tão diferentes como os Vermelho-Verdes de extrema-esquerda e os liberais centristas do Partido Social-Liberal, o que até o momento era impensável.
Esses dois partidos também são liderados por mulheres, e o jornal Informação saudou esta eleição como "a vitória das mulheres".
Todas as mulheres, contudo, não saíram vencedoras dessas legislativas. A formação populista de direita, o Partido do Povo Dinamarquês (Dansk Folkeparti, DF) da Pia Kjaersgaard perdeu três cadeiras, e agora terá 22 deputados.
"Nós entramos na oposição", disse após impor na última década a adoção pelo Parlamento de uma das legislações mais duras da Europa em termos de imigração e integração.
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