O senador
José Sarney mostrou que não estava brincando quando ameaçou colocar o
presidente do Tribunal de Contas do Estado, Edimar Cutrim, persegui-lo.
Há pouco, na
sede do PMDB, o candidato Edinho Lobão apresentou, em coletiva, um áudio
grampeado com detalhes das conversas do conselheiro com aliados
políticos.
O vazamento
seria uma reação do grupo Sarney aos últimos movimentos políticos de Edimar. Na
tarde de ontem, o prefeito Gil Cutrim, filho dele, declarou apoio à candidatura
do oposicionista Flávio Dino.
A
governadora Roseana Sarney ainda chegou a procurá-lo, para tentar reverter a
adesão, mas Edimar se recusou a recebê-la.
Na semana
passada, José Sarney chamou Edimar às pressas no Palácio dos Leões, com a
intenção de tomar satisfações sobre o fato do então aliado ter liberado o seu
grupo político do compromisso de votar em Edinho Lobão.
Após as
cobranças e um intenso bate-boca, Sarney disparou ameaças contra Edimar, que
respondeu que pagaria para ver. A cena foi presenciada por um importante
magistrado do Tribunal de Justiça, que intermediava uma trégua entre o clã e o
deputado estadual Hélio Soares.
De acordo
com um sensato observador da política estadual, a reação ao rompimento de
presidente do TCE demonstra que a oligarquia teme muito mais do que perder a
eleição. Para ele, também causa estranheza – e um certo descrédito – o fato de
Edimar se tornar alvo de Sarney somente depois de romper.
“Qualquer um
sabe quem é Edimar Cutrim no Maranhão. O Manoel Ribeiro e o Camilo
Figueiredo o denunciaram na Assembleia Legislativa, há duas semanas, e
ninguém se manifestou nem a favor e nem contra. Não tem por que,
justamente agora, comprar briga com um aliado que sempre demonstrou
ser leal ao grupo”, opinou a fonte.
Blog Marrapa.
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