A Operação “Pegadores” da Polícia Federal, realizada na última quinta-feira, 16, no Maranhão é um prodígio de “coincidências”. Além de ocorrer dias depois da nomeação do novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segóvia, indicado pelo ex-senador José Sarney, outros fatos chamaram a atenção.
Um destes foi sincronia entre a chegada de policiais federais e das câmeras da TV Mirante, da família Sarney, na Secretaria de Saúde do Estado.
Tão sincronizada que levantou entre atentos observadores a hipótese de conhecimento prévio da operação pelo sistema de comunicação do oligarca maranhense.
Pergunta-se: Será que a operação policial teria sido articulada com os grupos de comunicação ligados a Sarney para transformar o governo Flávio Dino em responsável pelo desvio de dinheiro da saúde?
Enredo propício também para atacar secretários importantes do governo. Declarações dos comandantes da operação caíram sob medida no script da mídia de Sarney sedenta por afirmações que pudessem envolver auxiliares do primeiro escalão.
Pouco importa que contraditem o próprio relatório da PF, que aponta o fim das supostas fraudes ainda em 2015.
Mais um capítulo das estranhas coincidências que cercam a operação “Pegadores” no Maranhão.
E repetimos: nada contra a Polícia Federal. O combate à corrupção é salutar e, historicamente, a PF desempenha um papel importante para coibir a rapinagem de cofres públicos.
O que se questiona é a possibilidade de uso da polícia estatal contra adversários políticos do grupo que comanda o país, envolvido até o pescoço no lamaçal da corrupção, e que o levou ao fundo do poço.
Que a PF possa desempenhar seu papel sem sofrer ingerência política de quem deveria estar atrás das grades há bastante tempo.
Informações Gilberto Lima
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