Demora no processo de registro do novo partido desagradou peemenistas
O PMN anunciou, nesta segunda-feira (29), que não vai mais se unir ao PPS para criar a MD (Mobilização Democrática). A decisão foi tomada no último domingo (28), durante convenção peemenista, por votação unânime.
De acordo com uma das integrantes do diretório nacional, Thelma Zayra, o PMN não concorda com a postura do presidente do PPS, Roberto Freire, de esperar tanto tempo para registrar a MD.
Segundo Thelma, a documentação necessária para criação da nova legenda está pronta há dois meses, mas o PPS quer aguardar a resposta da consulta feita ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sobre as características de um partido criado por fusão.
— Estamos preocupados com os prazos. Faz dois meses que a documentação para o registro [da MD] está engavetada. E esse processo leva tempo no TSE, de 40 a 50 dias. Além disso, ainda há o prazo de filiação partidária [para disputar as eleições de 2014].
Segundo PMN, mesmo depois da insistência para formalizar a criação da MD, Freire pediu um prazo de mais 15 dias. Somado a isso, alguns desentendimentos entre PMN e PPS nas direções estaduais da nova legenda também foram fatais para a decisão de acabar com a fusão.
Segundo a integrantes do diretório nacional do PMN, o foco do partido agora é aumentar o número de filiados e montar um chapa competitiva para aumentar a bancada do partido nas câmaras federal e estaduais.
Candidatura de Serra
Sem a MD, diminuem as chances do ex-governador de São Paulo, José Serra, disputar as eleições presidenciais em 2014.
Isso porque havia um convite, feito pelo presidente do PPS, para que o tucano trocasse de legenda e se lançasse candidato pelo novo partido, uma vez que o PSDB está fechado no nome do senador Aécio Neves (MG).
Sem a fusão, o PPS fica com reduzido tempo de televisão e com uma fatia modesta do fundo partidário, o que dificulta a campanha política. Por isso, a saída deve ser apoiar alguma candidatura presidencial em vez de lançar uma própria.
O PMN também reconhece que o partido não tem condições de disputar eleições majoritárias, para cargos de governador ou presidente da República. Segundo o diretório nacional, a legenda vai analisar qual a melhor opção para 2014.
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