.

.
.

Mensagem da Semana

E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Apocalipse 22:12

sábado, 16 de novembro de 2013

João Goulart recebeu honras de chefe de Estado quinta (14)

Após a exumação do corpo do ex-presidente João Marques Belchior Goulart, o Jango, uma solenidade com honras de chefe de Estado foi realizada às 10h de quinta-feira (14) na capital federal. A presidenta Dilma Rousseff e todos os ex-presidentes foram convidados. Os restos mortais de Jango serão trazidos a Brasília para análise forense, até 6 de dezembro.
Ex-presidente do Brasil João Goulart  deposto pelo regime Militar 
O processo de exumaçaõ do corpo foi iniciado na quarta-feira (13), no Cemitério Jardim da Paz, na cidade de São Borja (RS), a 615 quilômetros a oeste de Porto Alegre. Os trabalhos foram concluídos após 18 horas de trabalhos, às 2h da madrugada desta quinta. Foram envolvidas 12 pessoas segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Os profissionais são do Brasil, Argentina, Cuba e Uruguai, incluindo o médico João Marcelo Goulart, neto do ex-presidente.
Além de uma inspeção no mausoléu, foram coletadas amostras de gase na sepultura. A análise forense será realizada os laboratórios da Polícia Federal, em Brasília.
O trabalho de exumação foi iniciado às 7h15 de quarta, com a preparação pericial da área delimitada. Às 9h45, foi iniciada a primeira etapa, com o intuito da coleta de 12 amostras de gases em pontos distintos do jazigo. A coleta de gases no interior da sepultura foi iniciada às 17 horas e finalizada às 18h20. Dez minutos depois começou o procedimento de abertura da sepultura. Às 1h45 foi finalizada a exumação dos restos mortais e acondicionamento para transporte para Brasília, seguindo a cadeia de custódia dos elementos extraídos.
O objetivo da exumação é descobrir se ele foi assassinado. Por imposição do regime militar brasileiro, Jango foi sepultado em sua cidade natal, São Borja, no Rio Grande do Sul, sem passar por uma autópsia. Desde então, existe a suspeita de que a morte de Jango pode ter sido articulada pelas ditaduras do Brasil, da Argentina e do Uruguai. Após os exames, que serão feitos em Brasília e em laboratórios internacionais, os despojos voltarão para São Borja no 6 de dezembro, data de morte do ex-presidente.
Parentes e amigos próximos do ex-presidente sustentam a tese de que a morte pode ter sido causada pela substituição de medicamentos rotineiros de Goulart, feita por agentes da repressão uruguaia. Investigações conduzidas pela Comissão Nacional da Verdade indicam que o ex-presidente foi uma das vítimas da Operação Condor, montada pelas ditaduras militares do Brasil, da Argentina e do Uruguai para perseguir opositores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário