Em entrevista a um programa de TV, na noite passada, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva conversou sobre a saúde, após o tratamento contra o câncer, criticou a oposição por extinguir a CPMF (o imposto sobre o cheque), destinado à modernização dos hospitais, e aproveitou para falar sobre seu candidato à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, que estava na plateia. Junto com amigos e aliados de Lula, como o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), o ex-ministro da Educação e pré-candidato do PT à prefeitura paulistana foi convidado para subir ao palco.– Eu achava que era o momento de apresentar uma coisa nova para a cidade – disse o ex-presidente, após garantir que irá participar da campanha, apesar do desconforto que ainda sente na garganta, devido ao tratamento contra o câncer.
No terceiro quadro do programa, Lula admitiu que poderá ser candidato, novamente, à Presidência da República, caso a presidenta Dilma Rousseff não ter interesse de concorrer nas próximas eleições. O líder trabalhador foi sincero ao confessar sua disposição de não permitir, jamais, que “um tucano voltasse” a ocupar o Palácio do Planalto.
– A única hipótese de eu ser candidato é se a presidenta Dilma não quiser. Não vou permitir que um tucano volte a ser presidente do Brasil – garantiu, quando Ratinho emendou: “Serra, você está ralado então”.
Convidado do Programa do Ratinho, no SBT, esta foi a primeira entrevista de Lula para um canal de TV, após superar o câncer na laringe. Ele mencionou, rapidamente, a polêmica em que foi envolvido após declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que afirmou a uma revista que Lula teria feito pressão para um julgamento parcial do escândalo do mensalão.
– Quem inventou esta história vai ter que acreditar nela. O tempo se encarrega de acomodar as coisas – disse.
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