O programa
Na Moral, comandado por Pedro Bial e exibido pela TV Globo, destacou em sua
última edição o modelo APAC (Associação de Proteção e Assistência aos
Condenados) como um das saídas para o caótico e inseguro sistema penitenciário
do Brasil. Esse modelo também está previsto no Programa de Governo de Flávio
Dino.
O Na Moral
abordou as violentas rebeliões de presos em Pedrinhas, no Maranhão. Ressaltou
também que as prisões estão superlotadas, caras e não cumprem a função de
reabilitar os presos.
Bial
destacou um número muito importante sobre a APAC. No sistema penitenciário
comum, 70% dos presos voltam a cometer algum crime quando soltos. Já na APAC
essa taxa é de 15%, muito menor.
Além disso,
os presos da APAC custam para a sociedade um terço do que os do sistema comum.
Ou seja, o modelo é muito mais barato, muito mais eficiente e muito mais
humano.
Experiência
positiva
O programa
Na Moral dessa quinta-feira mostrou a experiência de uma unidade em Minas Gerais
onde funciona a APAC. Os presos são tratados com dignidade, mas com rigor, como
prevê a lei. Eles cumprem atividades de trabalho, estudo e reinserção das 6h às
22h.
Paulo
Antônio Carvalho, juiz da Vara de Execuções Penais de Itaúna (MG), diz que a APAC
cumpre exatamente o que a lei determina.
“Eu não
sabia que tinha algo assim no Brasil. Custa um terço do sistema comum, é tão
difícil assim ampliar para o resto do Brasil?”, perguntou Pedro Bial após a
reportagem sobre a APAC. (Veja a reportagem neste link: http://globotv.globo.com/t/programa/v/regime-prisional-mais-humano-veja-experiencia-da-apac/3520184/)
O juiz
Douglas de Melo afirmou ser “inexplicável” porque não se fazem mais cadeias com
o modelo APAC no Brasil. Ele afirma que existe um interesse por parte de
segmentos da sociedade em manter o sistema comum, já falido. “Ele é lucrativo
para muitas pessoas”, afirma, referindo-se também a desvios de dinheiro
públicos.
O juiz
explica que, nas APACs, a gestão é compartilhada entre a sociedade e o governo,
o que leva a mais controle e fiscalização.
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